Portas Abertas • 2 out 2019
Por se manter fiel a Cristo, Lauro perdeu terra, casa e bens no México, onde a violência contra cristãos tem se tornado comum
Neste Dia Internacional da Não Violência, voltamos nossos olhos ao México, um dos lugares mais perigosos do mundo para pregar. Essa realidade é ilustrada pelas estatísticas de uma organização sem fins lucrativos, com base no México, segundo a qual, entre 2012 e 2018, um total de 26 líderes cristãos foram mortos violentamente, dois desapareceram sem rastro e muitos outros foram alvos de sequestros.
Nesse contexto, encontramos Lauro e Amalia, cristãos do México cuja história já começamos a contar anteriormente. A determinação do casal em continuar adorando a Jesus, mesmo depois de serem alertados das consequências, levou a uma série de represálias e, em menos de um ano, Lauro foi preso cinco vezes. Ele foi preso pela primeira vez em 15 de julho de 2015, mas liberado alguns dias depois. As autoridades disseram que ele teria algum tempo para pensar sobre negar a fé em Jesus.
“Mas, como não fizemos isso, a perseguição aumentou”, conta o cristão. E todas as vezes que era pressionado, ele se recusava a voltar atrás. Conforme ele era preso e solto novamente, as condições na prisão pioravam. Ele não recebia comida nem água e as visitas da família eram restringidas. “Era uma tortura física e emocional. Além disso, eles começaram a ameaçar não somente a mim, mas toda minha família”, relembra.
Os filhos de Lauro foram expulsos da escola e o Estado ameaçou tirar a casa da mãe dele. Ele conta: “Quando eles me permitiram receber visitas, minha mãe foi me visitar na prisão. Ela me pediu três vezes para negar a fé para que ela não perdesse a casa. Eu tinha que tomar uma decisão final – resistir ou deixá-los tomar a casa da minha mãe”. Em seu coração e mente, Lauro queria resistir à pressão, mas se preocupava com o que aconteceria com sua família.
À meia-noite de seu quinto dia na prisão, Lauro tomou sua decisão final e aceitou a ordem de expulsão de sua família de sua terra natal. Nas primeiras horas do dia 26 de março de 2016, eles foram escoltados para fora da cidade por meia dúzia de líderes locais e levados a Ayontzitepec, onde vivem desde então. Lauro perdeu tudo – sua terra, sua casa e seus bens, mas afirma: “Quando isso aconteceu, eu disse para mim mesmo: ‘eu vou deixar minha cidade natal, mas nunca vou negar minha fé, sempre serei fiel a Deus”. (Essa história continua).
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