Portas Abertas • 18 jun 2015
No Egito, uma cristã e uma muçulmana posam para foto em evento promovido pela comunidade cristã para saudar os muçulmanos no Ramadã
Quando o calendário lunar seguido pelos muçulmanos marca o raiar do primeiro dia do nono mês, o cotidiano de todos os muçulmanos é alterado. Inicia-se, então, o mês sagrado para a fé islâmica, o conhecido Ramadã, caracterizado por 30 dias de jejum e oração. Os muçulmanos acreditam que foi nesse mês que o Alcorão, seu livro sagrado, foi revelado ao profeta Maomé. Nesse período, é comum aos seguidores do islã em todo o mundo irem à mesquita orar e se dedicar ao estudo do Alcorão.
Segundo o censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem mais 35.000 seguidores do islamismo. Praticantes da fé espalhados por todo o mundo realizam seus rituais no país onde vivem, obedecendo a doutrina.
Considerado um dos cinco pilares do islã, o jejum é uma das formas mais elevadas de adoração no islamismo. A abstinência de prazeres carnais e o evitar intenções e desejos malignos são considerados atos de obediência e submissão a Alá, pelos quais se obtém o perdão dos pecados e erros cometidos. Os muçulmanos jejuam durante esse mês sagrado chamado de Ramadã desde o nascer do sol até o momento em que se põe. Os muçulmanos consideram o jejum um ato de fé e adoração para Deus e procuram, assim, suprimir os desejos e aumentar a pureza espiritual.
O jejum é quebrado diariamente após o pôr do sol com uma refeição chamada fitur. O profeta Maomé recomendou quebrar os jejuns com encontros. Os muçulmanos são incentivados a convidar outros para quebrar o jejum em comunhão. Logo após o desjejum, os muçulmanos fazem a quarta das cinco orações diárias, que é chamada de oração Maghreb (a oração do por do sol). Geralmente, para fazerem a oração Isha, a última das cinco orações, eles vão para suas casas de adoração, chamadas de mesquita.
Após 30 dias de jejum, o mês do Ramadã se encerra com um banquete de celebração. Nesse dia, os muçulmanos se reúnem em um local para oferecer uma oração de graças. Tradicionalmente, vestem roupas novas e visitam amigos e parentes. Há trocas de presentes e receitas de comidas especiais para essa ocasião são preparadas. Após isso, espera-se pacientemente até que venha o próximo Ramadã.
Os últimos dez dias do Ramadã são considerados os mais abençoados. Para muitos muçulmanos, este período é marcado por uma intensidade espiritual e eles podem passar estas noites orando e recitando o Alcorão. A 27ª noite é ainda mais especial, conhecida como "a noite do poder", em que acredita-se que os céus estão abertos para acolher as orações e perdoar pecados cometidos durante o ano.
Poucos sabem, mas o jejum traz muitas implicações e desafios para aqueles que vivem em um país muçulmano e não pertencem à religião islâmica, especialmente para os cristãos. Durante esse período são registrados inúmeros casos de intolerância religiosa contra aqueles que professam qualquer outra fé e que não estejam se abstendo de alimentos.
Ore pelos cristãos que se encontram no mundo muçulmano, para que a providência de Deus os alcance e não aconteçam atrocidades. Durante esse período, os nossos irmãos em Cristo necessitam ainda mais das nossas orações. Clame também para que Jesus se revele a muitos muçulmanos durante esse tempo e assim eles o reconheçam como único e suficiente salvador.
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