Portas Abertas • 16 jul 2017
No geral, a igreja em Brunei, 25º país na atual Lista Mundial da Perseguição, cresce lentamente. Com a decisão do sultão de introduzir a lei islâmica no país, muitos jovens cristãos consideram a possibilidade de abandonar a nação. Os cristãos estrangeiros também estão pensando nessa opção. O que ocorre é que, em 2014, aconteceu a primeira fase da implantação da sharia, ocasião em que incluíram os castigos corporais, como o açoitamento e o apedrejamento, além da proibição de pregar o evangelho em terras bruneanas.
No segundo semestre de 2016, a segunda fase da implantação começou, onde a conversão ao cristianismo é considerada uma “forma de adultério”, punível com apedrejamento. A punição para crimes como roubo, por exemplo, é a amputação de membros. Poucas igrejas são reconhecidas oficialmente e o processo de registro é realmente muito complicado, sendo quase impossível obter uma permissão até mesmo para ampliar as estruturas de um templo. Segundo a agência de pesquisa do serviço de inteligência dos Estados Unidos, The World Factbook, os muçulmanos sunitas representam cerca de 79% da população, cristãos 8,7%, e budistas 7,8%.
Os líderes cristãos são carentes de materiais bíblicos que os ajude a lidar com as restrições religiosas. Se reunir com outros cristãos é um desafio perigoso, já que a igreja no país é vigiada constantemente. Todas as escolas, sejam privadas ou públicas, são obrigadas por lei a estudar o islã. Se estudantes cristãos de origem muçulmana são descobertos, eles são isolados e forçados a negar a fé. A Portas Abertas tem servido os cristãos bruneanos com apoio em oração e projetos de advocacia e de sensibilização a respeito da perseguição.
Leia também
Cristãos bruneanos enfrentarão a sharia
Novas regras para a igreja em Brunei
© 2024 Todos os direitos reservados