Portas Abertas • 13 set 2017
Muitos estudiosos que analisam a situação na Nigéria acreditam que a violência em todo o Cinturão Médio – região que divide o norte e o sul do país –, e que tem sido relatada há algum tempo, já foi responsável por mais mortes do que Boko Haram.
Como Emmanuel Akinwotu, jornalista especialista na Nigéria, escreveu no ano passado, o conflito entre os fazendeiros indígenas (principalmente cristãos) e os pastores de cabras fulani (principalmente muçulmanos), é antigo e não mostra sinais de melhora, à medida que os impactos das mudanças climáticas se intensificam e geram privações a ambas comunidades.
Enquanto o conflito é mais intenso no sul de Kaduna – estado no centro do país –, outros estados, como Nasarawa, enfrentam uma violência um pouco menor. Isso, no entanto, é pode significar aumento da instabilidade. A situação faz com que fazendeiros cristãos fujam e vivam deslocados internamente no país.
Uma vez que a maioria dos deslocados são cristãos que dependem da agricultura para subsistência, a escassez de alimentos é um risco para eles e para a comunidade em geral. “Conflitos significam que muitos cristãos serão privados de acesso à educação, cuidados médicos e o conforto de suas casas”, diz um colaborador da Portas Abertas.
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