Portas Abertas • 9 mar 2015
Seu caso foi parar nos tribunais ao mesmo tempo em que o jornal semanal Herald, também cristão, pleiteava o direito de usar a palavra “Alá” quando quisesse se referir a Deus. Essa batalha na justiça foi perdida, quando o Tribunal Federal determinou que o jornal não mais poderia chamar Deus de “Alá” em suas publicações. A decisão foi tomada em janeiro deste ano, após sete anos de julgamento.
Nessa decisão, o Tribunal Federal concordou com o governo que o uso de ""Alá"" no Herald iria confundir muçulmanos malaios e, portanto, promover negativamente a fé cristã entre eles. No entanto, mesmo com a derrota diante dos tribunais, o editor do semanário, Lawrence Andrew recusou-se a acatar as tentativas por parte de grupos religiosos islâmicos que procuram estender a decisão contra ele para cobrir todos os aspectos do culto cristão em língua malaia. Ele entrou com recurso no Supremo, alegando que a palavra ‘Alá’ para se designar a Deus, existe muito antes do Islã e foi utilizado por cristãos europeus centenas de anos antes do islamismo entrar na Malásia (que só é reconhecida como país há 58 anos). “Estou esperançoso de que o direito constitucional de liberdade religiosa na Malásia seja mantido”, relata.
No entanto, no caso de Jill Ireland, em julho de 2014, o Supremo Tribunal de Kuala Lumpur ordenou so Ministério dos Assuntos Internos a devolução dos CDs. Mas o Tribunal de Justiça recusou-se, em seguida, e entrou com apelo, se referindo ao direito constitucional de usar a palavra.
A Federeção Nacional Cristão Evangélica da Malásia vê o caso de Jill Ireland como mais uma tentativa de minar a liberdade religiosa dos não-muçulmanos: ""Esta é outra tentativa séria de se despir, restringir, e alterar o direito de professar e praticar a sua fé em Jesus”, afirma a entidade.
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