Portas Abertas • 25 dez 2020
Grupo de 17 crianças deslocadas internamente comemoram o Natal em Erbil, no Iraque
É Natal. Estamos em uma igreja em Erbil, no Iraque. No entanto, não imagine uma das igrejas tradicionais, com suas torres e vitrais. As paredes são painéis de alumínio com núcleo de espuma, normalmente encontrados em uma fábrica ou depósito. Há um clima de celebração no ar. Há uma árvore de Natal, um presépio e piscas-piscas.
Um grupo de crianças está na igreja. Algumas mexem em suas partituras. Outras ouvem enquanto o líder cristão, Zachariah, ensaia seu instrumento, chamado "oud" em árabe – é o alaúde, um instrumento de cordas em forma de pêra, típico do Oriente Médio.
Apesar de estarem em Erbil, essas crianças são de Mossul, de onde fugiram por causa do Estado Islâmico
As 17 crianças, com idades entre 8 e 12 anos, estão em Erbil, mas estão longe de casa. Elas são todas deslocadas internas que fugiram de Mossul quando o Estado Islâmico invadiu a cidade, sete anos atrás. O coração do líder, Zachariah, dói para voltar para Mossul, 80 quilômetros a oeste.
Mas a cidade ainda é muito perigosa, e há muitas influências islâmicas radicais lá para voltar no momento. Então, ele vai comemorar o Natal aqui em Erbil, com essas crianças e suas famílias. É o sétimo ano em que comemorarão o Natal fora de casa.
Os parceiros locais da Portas Abertas no Iraque estão envolvidos no apoio a crianças e suas famílias que foram forçadas a fugir do Estado Islâmico desde que chegaram a Erbil. Primeiro com ajuda emergencial e espaços adequados para crianças, e depois com atendimento para traumas, educação e ajuda aos pais para iniciarem pequenos negócios. A Portas Abertas também apoia igrejas no Iraque para fornecer educação cristã para crianças, como uma escola dominical ou escola bíblica de férias.
Após o ensaio, as crianças falam sobre o maior desejo para o Natal. Suas respostas revelam o tipo de mundo em que cresceram. Lydia, de 10 anos, e Marina, de 8, por exemplo, gostariam de viver como as outras crianças do mundo, em amor e paz.
"Gostaria que as pessoas pudessem viver em segurança e em paz", diz Sam.
"Peço ao Senhor que proteja minha igreja no Iraque", diz Dima.
“Eu gostaria de poder voltar para minha igreja em Mossul", diz Mark.
Só Deus sabe se um dia o desejo delas se tornará realidade. Mas, por enquanto, você está ajudando crianças como essas a continuarem a crescer na fé e a aprenderem a confiar em Deus, mantendo viva a esperança, seja qual for o futuro.
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