Portas Abertas • 6 set 2021
A violência dos grupos extremistas afetou também as igrejas na República Democrática do Congo (foto representativa)
O portal de notícias Nation Africa informou que onze crianças, de 9 a 17 anos, incluindo cinco meninas, foram sequestradas por supostos rebeldes islâmicos no Nordeste da República Democrática do Congo. Os rebeldes, considerados membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF), ligadas ao Estado Islâmico, sequestraram o grupo em uma aldeia na província de Ituri na noite de 29 de agosto, de acordo com Dieudonne Malangayi, presidente interina do governo de Walese Vonkutu.
Os rebeldes entraram na área de Bundingili, onde fica a vila, e sequestraram todos os homens, mulheres e crianças. Presume-se que pelo menos alguns dos sequestrados viriam de lares cristãos, mas os parceiros locais da Portas Abertas não têm mais detalhes sobre os cristãos. De acordo com um relatório publicado em março pelo Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF) aumentou seus ataques especialmente no território de Beni, em Kivu do Norte, epicentro da violência e dos confrontos entre as forças armadas.
O escritório da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) expressou preocupações na semana passada com a “piora da situação” em Beni. Nas duas primeiras semanas de agosto, pelo menos 27 civis foram mortos nessa área, onde outros 37 civis já haviam sido mortos em julho de 2021. Ainda segundo o escritório, mais de 710.000 pessoas foram deslocadas no território de Beni.
O impacto da violência contínua é devastador para a igreja nessa parte do país. “No distrito de Oicha (província de Kivu do Norte) havia 24 igrejas evangélicas ativas, mas agora há apenas quatro. Essas quatro igrejas receberam muitas pessoas deslocadas. A maioria delas não tem condições de fornecer itens básicos, como roupas e alimentos, para suas famílias”, compartilha um parceiro local.
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