Menina cristã de quinze anos sofre abuso no Golfo Pérsico

A garota foi capturada no dia que iria se batizar na igreja local

Portas Abertas • 8 set 2014


Adolescente foi abordada pelos agressores no dia em que seria batizada na igreja local (foto representativa)

Adolescente foi abordada pelos agressores no dia em que seria batizada na igreja local (foto representativa)

Violências, conversões forçadas ao islã, casamentos forçados com mulçumanos e estupros são apenas alguns dos problemas enfrentados pelas mulheres cristãs em países do Golfo Pérsico. Vivendo no mais baixo degrau da sociedade, muitas mulheres cristãs têm seus futuros destruídos por estes atos hediondos de violência que acontecem simplesmente por causa da fé delas.

Muqadas Liaqat, uma cristã de apenas 15 anos, foi estuprada por dois muçulmanos fundamentalistas em 2 de agosto. Uma queixa foi registrada contra os dois homens, Ashraf e Muhammad Ghafoor, na delegacia de polícia local, logo após o ataque. Segundo fontes, os acusados foram presos e há relatos que ainda estão sob custódia da polícia.

Conversando com o correspondente do International Christian Concern, Muqadas, que trabalha como empregada doméstica em várias casas muçulmanas, disse: "Eu estava voltando para casa no período da tarde, junto com minha irmã mais velha Asma, quando quatro pessoas, dois homens e duas mulheres nos pararam no meio da estrada e começaram a nos bater e abusar de nós. Eles bateram em minha irmã e me arrastaram para um auto-rickshaw (meio de transporte comum em muitos países). Os sequestradores colocaram um líquido na minha boca, o que me deixou inconsciente por um tempo".

"Enquanto eles abusavam de mim também ameaçaram minha família se eu falasse algo para alguém", continuou Muqadas. Mukhtaran Bibi, mãe de Muqadas, informou o ICC que, "Muqadas iria ser batizada no dia do incidente. Ela estava muito feliz por esta bênção desde a manhã; no entanto, este incidente afetou sua vida espiritual e social".

"O fato deixou Muqadas muito deprimida. Nervosa, ela chora durante a noite inteira. Eu exijo justiça e proteção para todas as mulheres cristãs no Paquistão", acrescentou Mukhtaran.

Liaqat Masih, pai de Muqadas, estava relutante em compartilhar informações sobre o caso devido a ameaças de o que ele chamou de "outras partes". Apesar disso, ele disse ao ICC: "Minha família está sob pressão e enfrentando inúmeros desafios por causa deste incidente desumano. Nós, cristãos, estamos sendo perseguidos na sociedade por causa da nossa fé. No entanto, nada pode nos separar do amor de Cristo".

Gulnaz Yousaf, presidente de uma organização comprometida com a promoção da dignidade, dos direitos e proteção para todos os cidadãos do país, condenou o incidente e pediu justiça e segurança para a família da vítima. "Os cristãos são tratados como ‘intocáveis‘ no país e não gozam de direitos iguais. A dignidade das mulheres de grupos religiosos minoritários, especialmente cristãos, deve ser reconhecida e promovida aqui", disse Gulnaz em entrevista ao ICC.

Infelizmente, o ataque sofrido por Muqadas é apenas o mais recente de uma onda de violência que se estende em todo o território. A mulher cristã é muitas vezes alvo de ataques brutais por causa de seu baixo status social, causado por sua identidade religiosa e seu gênero. Com uma sociedade e um sistema legal que são ambos tendenciosos contra os não-muçulmanos e mulheres em geral, buscar justiça é quase impossível, especialmente para as mulheres cristãs que muitas vezes vivem de recursos financeiros escassos.

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A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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