Cristã conta experiência em campo de reeducação na Coreia do Norte

Entenda como é a rotina de prisioneiros no país mais perigoso para os cristãos

Portas Abertas • 16 out 2024


Hea-Woo pensou que morreria enquanto prisioneira do governo da Coreia do Norte

Hea-Woo pensou que morreria enquanto prisioneira do governo da Coreia do Norte

Hea-Woo é uma cristã norte-coreana que foi presa enquanto estava na China e foi deportada para a Coreia do Norte. Tempos depois, ela foi levada para um campo de reeducação e logo na entrada havia o seguinte aviso na parede: “Não tente escapar. Você será morto”.

Mas a morte se tornaria uma companheira diária dos prisioneiros, pois muitos eram vítimas da fome e de outras doenças causadas por insalubridade. “Os corpos geralmente eram queimados e os guardas espalhavam as cinzas no caminho. Todos os dias, caminhávamos por aquele caminho e eu sempre pensava: ‘Um dia os outros prisioneiros estarão pisando em mim’”, relembra.

Todas as prisioneiras acordavam às cinco horas, eram contadas e comiam duas ou três colheres de arroz de café da manhã. Às 8h, elas iniciavam o trabalho e só poderiam parar para o almoço ao meio-dia. Quando retornavam ao acampamento, elas ingeriam mais algumas colheradas de comida e voltavam a trabalhar até seis da tarde.

Preparadas para morrer

À noite, Hea-Woo e as colegas de confinamento comiam mais um pouco e eram obrigadas a participar de um treinamento ideológico e de sessões onde deviam ofender umas às outras. “Esta era a parte mais difícil do dia. Nossos olhos se fechavam de exaustão, mas tínhamos que prestar atenção e decorar as palavras dos líderes. Caso contrário, éramos punidas. Depois de outra chamada, às dez horas éramos autorizados a dormir”, explica.

O trabalho das prisioneiras é árduo, mas a ingestão média de comida nesses campos é equivalente a 500 calorias, um terço das 1.500 calorias ideais para manter uma pessoa de padrão médio saudável. Muitos prisioneiros tentam capturar insetos, sapos, ratos ou até mesmo cobras para suplementar sua comida. No entanto, se você for pego, poderá ser torturado ou confinado em isolamento em um espaço muito pequeno, às vezes apenas uma gaiola.

Apesar do sofrimento diário, Hea-Woo sabia que o Senhor era com ela e tinha um propósito especial enquanto estava naquele lugar. “Quando eu estava no acampamento, o Senhor me disse para evangelizar. Cinco outras mulheres chegaram à fé graças ao meu testemunho e formamos nossa própria igreja secreta no acampamento. Todo domingo e todo dia de Natal, nos reuníamos secretamente para glorificar ao Senhor.”

Hoje, Hea-Woo vive como uma refugiada na Coreia do Sul e continua a contar seu testemunho para estimular outros cristãos a interceder pelos irmãos na fé que vivem e estão presos na Coreia do Norte. Entre março e abril de 2019, a cristã norte-coreana visitou igrejas brasileiras e contou seu testemunho de fé. 

Pedidos de oração

  • Interceda por proteção e fortalecimento dos cristãos presos em campos de reeducação e de trabalhos forçados na Coreia do Norte.
  • Ore pela libertação e conversão dos norte-coreanos que foram presos injustamente.
  • Clame para que os líderes norte-coreanos tenham um encontro com Jesus, se arrependam dos seus pecados e governem para o bem-estar de toda a população.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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