Cristã ex-muçulmana no Marrocos: uma história de convicção

Nascida e criada na fé islâmica, Halima* começa a ver o islã de outra forma e encontra a paz que tanto deseja em Jesus

Portas Abertas • 13 mai 2019


No islã, as mulheres não são valorizadas e muitas sofrem caladas no seio da família. No entanto, Jesus tem transformado a vida de muitas delas (foto representativa)

No islã, as mulheres não são valorizadas e muitas sofrem caladas no seio da família. No entanto, Jesus tem transformado a vida de muitas delas (foto representativa)

A casa fica no andar térreo de um prédio de apartamentos. É inverno e frio à noite. A janela da sala está fechada. Na estação mais quente, a janela deve estar aberta, para obter pelo menos um pouco de ar fresco para a casa. Isso é um problema nos dias em que a pequena sala de estar serve como uma igreja, uma das igrejas domésticas secretas no Marrocos. Colaboradores da Portas Abertas se encontraram com Halima* e Aziz*, um casal cristão de origem muçulmana. Eles usaram o casamento para Halima escapar de sua família extremista.

Halima, de 35 anos, traz uma refeição simples para seus convidados antes de começar a contar sua história. A filha de cinco anos anda pela casa. Ela mostra seu caderno de matemática e depois joga no celular de sua mãe. Halima se senta em uma das cadeiras. Sua blusa vermelha não pode esconder que este ano um novo bebê está chegando. Ela toma um gole do chá verde e começa sua história.

"Eu era uma muçulmana praticante", diz ela. Como quase todos os jovens no norte da África, ela cresceu em uma família muçulmana e seguiu seus pais em sua fé e tradições. “Desde que me lembro, procurei a paz. Eu queria ter certeza do meu destino eterno”, afirma. Uma das diferenças entre o cristianismo e o islamismo é a certeza de um cristão a respeito de receber a vida eterna. Há incerteza para um muçulmano, porque a vida eterna depende da vontade de Alá e um muçulmano só saberá depois da morte.

Foi Aziz quem primeiro "sacudiu" sua fé islâmica. “Um dia ele me disse: O Alcorão não é o livro de Deus. Fiquei chocada. Senti dor no estômago por causa do que ele disse. Mas por outro lado, tive problemas com minha fé islâmica nos dias seguintes. Eu simplesmente não entendia o islã. Aziz foi o primeiro a dizer em voz alta para mim que o islã era errado. Ele veio com argumentos para explicar o porquê. Comecei a ver que o que normalmente vemos ou ouvimos do islã não é a história completa. Normalmente, não ouvimos sobre os lados ruins da religião. Eu acredito que a maioria dos muçulmanos não conhece verdadeiramente o islã", destaca.

Halima queria descobrir mais sobre a religião em que nasceu. “Comecei a ler livros islâmicos para ter uma visão completa. Eu queria saber toda a história. Fiquei chocada com o que descobri e todas as coisas ruins do islã sobre as quais li. Os líderes islâmicos, para minha surpresa, não conseguiam responder às minhas perguntas. Eles não me deram respostas ou explicações para as coisas ruins que eu tinha visto. No islã você não pode fazer perguntas, você não pode criticar sua religião”.

Tudo isso, além das palavras de Aziz, fizeram com que Halima deixasse o islã e, então, ela começou a seguir Jesus. "Eu não conseguia encontrar a paz no meu coração no islã e, como mulher, me sentia restrita nessa religião". Halima estava com pouco mais de 20 anos nessa época. “Eu sou a filha mais nova da família. Eu tenho quatro irmãos e cinco irmãs. A primeira coisa que fiz foi cortar o cabelo. No islã isso não é permitido. Minha família estava com raiva de mim. Naquela época, eles não sabiam que eu havia me tornado uma cristã, eles achavam que eu simplesmente havia perdido minha fé islâmica", afirma. (Essa história continua)

*Nomes alterados por segurança.

Pedidos de oração

  • Peça a Deus em favor das mulheres no mundo muçulmano, para que não sejam mais maltratadas e encontrem satisfação e vida em Cristo.
  • Clame a Deus pelos muçulmanos do Marrocos, de forma que Deus encontre cada vez mais corações dispostos e abertos ao evangelho.
  • Interceda pelo Marrocos que, neste ano, retorna ao ranking ocupando a 35ª posição na Lista Mundial da Perseguição.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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