Cristão perseguido relembra ataque do grupo Seleka

Depois de passar por uma triste experiência em campo de refugiados, hoje o pastor está disposto a seguir em frente

| 02/01/2018 - 00:00

A perseguição não consegue tirar a determinação dos filhos de Deus (Foto ilustrativa)

A perseguição não consegue tirar a determinação dos filhos de Deus (Foto ilustrativa)


Na última sexta-feira relatamos o testemunho do pastor Vogbia, que perdeu o filho nos conflitos na República Centro-Africana. Em continuidade, hoje, você vai conhecer a história do pastor Gilbert Bogolo. Ambos perderam suas igrejas e propriedades devido à violência do grupo Seleka. O pior ataque aconteceu no dia 5 de dezembro de 2013.

Até essa data, Bogolo era o pastor de uma igreja que tinha mais de 500 membros. Ele relembra o ataque: “Nós estávamos aterrorizados. Minha família e eu ficamos dentro de casa o dia inteiro, orando e esperando a situação se acalmar. Quando olhei para fora, vi um militar Seleka atirar nas pessoas aleatoriamente. Nem mesmo animais eram poupados”. 

Experiência no campo de refugiados

No dia seguinte, quando o conflito havia diminuído, Bogolo fugiu com a família para Mpoko, um campo de refugiados perto da região. A estrutura do campo era precária, as pessoas ficavam expostas a chuvas torrenciais, ao calor do sol e mosquitos, e não havia banheiros suficientes nem água para todos. A esposa e os dez filhos dormiam em cima de papelões. 

“Eles fingiam que estavam protegendo os desabrigados dos militares do Seleka, mas ao invés disso, eles extorquiam dinheiro e coisas valiosas dos refugiados indefesos. Ainda que houvesse soldados franceses por todo o campo, eles não ligavam para nossa situação”, relata Bogolo, que descreveu seus três meses no acampamento de refugiados como uma “experiência humilhante”.

O cristão perseguido diz que há uma ideologia extremista que alimenta a violência entre as comunidades. O ataque aumentou o medo de uma nova onda de violência e levou muitos comerciantes a fechar suas lojas e alguns moradores fugiram para outras áreas da capital. Agora quatro anos se passaram e ele se diz disposto a seguir em frente, pois com Deus o recomeço é possível. “Talvez um dia nós vamos entender porque ele permitiu que passássemos por essa experiência dolorosa”, diz Bogolo. 

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