Portas Abertas • 19 jan 2016
""Hoje o dia amanheceu tão nublado quanto a nossa situação aqui no Egito, então fiquei um tempo olhando pela janela, refletindo sobre os últimos acontecimentos políticos, econômicos e sociais que nos afetam diariamente. Os últimos cinco anos foram os piores da história do nosso país"", comentou o cristão.
""Olhando através do nevoeiro, não consigo ver nada lá fora, nem mesmo os prédios que ficam bem de frente de onde estou. É assim que me sinto quando tento enxergar a situação do Egito. Tudo é tão incerto. Até mesmo agora que temos uma nova Constituição e um presidente eleito pela maioria dos cidadãos, após a destituição do regime da Irmandade Muçulmana. Mesmo assim, existe um movimento de todos os grupos islâmicos radicais acontecendo, tentando criar um caos ideológico. Alguns ainda pregam o ódio em mesquitas contra a atual administração, e é claro, contra o cristianismo também"", diz ele.
O cristão comenta que a crise econômica no país é devastadora e que absorve toda a riqueza nacional, bem como todos os esforços de desenvolvimento. ""Só Deus sabe se um dia vamos sair dessa crise. A única coisa que melhorou por aqui foi a nossa segurança, mas nós cristãos somos totalmente dependentes da proteção e da orientação de Deus. Nas ruas, o que mais se vê são pessoas reclamando de tudo, mas confesso que, diante dessa névoa, e longe das pessoas, eu consigo imaginar o sol brilhando lá em cima, e eu sei que a qualquer momento ele vai aparecer. É assim que eu sigo em frente, com a certeza de que Deus também nos dará um novo amanhecer, sem névoas e sem escuridão. O sol da justiça vai brilhar para nós, cristãos, por que cremos que Deus está no controle em todo o tempo"", o cristão conclui.
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