Portas Abertas • 28 fev 2022
Apesar da perseguição, a igreja egípcia permanece resplandecendo o amor de Cristo
Neste dia em que é comemorado o centenário da Independência do Egito, compartilhamos em notícia anterior a história de Boutros, cristão de uma igreja copta no Egito. Apesar da perseguição que se estende por séculos, a igreja egípcia permanece firme resplandecendo o amor e a misericórdia de Jesus em um país hostil a sua presença.
Embora o cristianismo tenha raízes profundas no Egito, que remontam a séculos antes do advento do islamismo no norte da África, os cristãos são frequentemente marginalizados e tratados como cidadãos de segunda classe nos tempos modernos. O país ocupa a 20ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022. Conheça a seguir o testemunho de outros cristãos egípcios que têm perseverado na fé independentemente das circunstâncias.
Mahrousa guarda um quadro com a foto do irmão Bessam
“Se eu morrer por Cristo é um privilégio!” - foi essa a frase dita pelo irmão caçula de Mahrousa. Bassen de 27 anos, que morava em Alarixe, cidade assombrada por extremistas islâmicos, foi morto ao levantar o pulso e mostrar que era um cristão por meio da cruz tatuada.
Mahrousa é a irmã mais velha de Bassen.Uma vez ela o questionou sobre a permanência na cidade que tem forte presença de grupos extremistas. Bassen disse que não poderia deixar o trabalho como professor da escola dominical para as crianças de Alarixe. Ele questionou porquê a irmã estava com tanto medo e disse que ele não tinha medo.
Quando ela recebeu a notícia da morte de Bassem, seu mundo desmoronou: "Fiquei chocada e comecei a gritar e chorar.”Mahrousa contou que embora Bassen fosse o irmão mais novo, foi ele quem fortaleceu a fé dela e dos outros irmãos. “Ele se tornou um exemplo para nós”, conta ela.
Youssif com a mãe e a irmã que sobreviveram ao ataque de extremistas
Em 2018, Youssif se reuniu com a família para uma viagem; eles foram em 15 pessoas visitar um templo cristão. Apenas oito pessoas retornaram da viagem, pois no caminho de volta para casa um grupo de extremistas islâmicos atacou a van da família de Youssif e matou metade da família.
Youssif também foi baleado, mas se recuperou no hospital porque os terroristas pensaram que ele estava morto. Apesar da perda e da dor, a relação de Youssif com Deus permanece forte. “Eu senti o toque de Deus. Para mim, Deus é um pai, um irmão, é tudo. Ninguém é tão bom quanto Deus, ninguém é tão compassivo quanto ele. Quando eu o busco, ele não me rejeita. Ele está comigo onde quer que eu vá.”
Apesar do incidente em que perdeu parte da família, Youssif confia em Deus. "Eu ando por este princípio: os propósitos de Deus só são conhecidos por Deus. Eu ando e Deus está segurando minha mão. Estou seguindo seus passos onde quer que ele me leve. Eu estou com ele."
Maged sabe que a perseguição vai continuar e permane firme na fé em Cristo
A maior igreja do Egito, que é também a maior igreja do Oriente Médio, está localizada em uma das áreas mais pobres do Cairo. Foi lá onde parceiros locais da Portas Abertas conheceram Maged, que conta histórias de milagres uma atrás da outra. Quando ele foi questionado sobre perseguição, a resposta foi simples: "Já está na Bíblia".
Para Maged, como cristão, ele deve esperar por desafios. "Essas são as palavras da Bíblia, e eu acredito nelas. Embora aqui no Egito possamos experimentá-la de uma maneira específica, essa afirmação é verdadeira para todos os cristãos: você será perseguido e será insultado." Lendo a Bíblia, Maged não espera que a perseguição termine. Ele sabe que muitos cristãos egípcios foram mortos no passado, e que isso ainda acontece hoje.
Maged diz que não se preocupa com o futuro em meio à perseguição e completa “Jesus disse: Bem-aventurados vocês quando as pessoas os perseguem e falsamente dizem todo tipo de mal contra vocês por minha causa”.
Os cristãos egípcios podem ser encontrados em todo o país. Porém eles estão particularmente concentrados no Alto Egito (a parte sul do Egito) e em grandes cidades como Cairo e Alexandria. Os subúrbios do Cairo e algumas aldeias às vezes são consideradas ou descritas como áreas cristãs, mas poucas são exclusivamente formadas por cristãos.
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