Cristãos podem ser julgados pela sharia

Portas Abertas • 20 abr 2017


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Recentemente, o governo malaio retirou seu apoio a um projeto de lei que tinha como objetivo fazer alterações na Constituição do país. Basicamente, o projeto abre caminho para a introdução do direito penal baseado na sharia (lei islâmica), em estados federais, como Kelantan, por exemplo. A proposta, no entanto, continua a ser apresentada no Parlamento e os políticos que a apoiam não vão desistir facilmente dela. Um deles, inclusive, afirmou que um dos partidos se precipitou em tentar impedir as alterações.

Essa situação tem gerado dúvidas em relação ao posicionamento do governo. “Por outro lado, porém, observadores alertam que esse movimento pode muito bem ser visto como uma tática da liderança política para ganhar votos das minorias étnicas e religiosas. Embora o progresso desse projeto esteja interditado pelo parlamento, a introdução da lei penal da sharia ainda é uma opção para o futuro dos malaios, dependendo somente do resultado das próximas eleições”, disse um colaborador da Portas Abertas.

A discussão acontece desde o ano passado. O projeto de lei se chama Hudud e a tradução dessa palavra árabe significa “restrição”, ou seja, o limite que a lei islâmica impõe sobre as pessoas. Segundo o conceito islâmico, quem ultrapassa esse limite deve ser punido de acordo com a sharia. Mas, de acordo com um especialista em leis, se o projeto realmente for aprovado, resultará em punição desigual para muçulmanos e não muçulmanos, independente do crime ser o mesmo.

No caso dos cristãos que já experimentam um alto nível de perseguição, a situação pode ficar ainda pior. Quem se converte ao cristianismo é acusado de apostasia e de agir contra a própria etnia e nação. Por lei, todo malaio é muçulmano e não tem permissão para seguir outra religião, logo, a conversão ao cristianismo é considerada um crime. Um dos partidos políticos chegou a cogitar a possibilidade de pena de morte para o “crime de apostasia”. Ore pelos nossos irmãos na Malásia.

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