Portas Abertas • 18 mar 2022
No Irã, a prisão de cristãos por supostamente agir contra a segurança nacional é comum
Um tribunal de apelação libertou nove cristãos no Irã. Eles tinham sido presos por agir contra a segurança nacional e promover o cristianismo após se converterem. Apesar de o juiz declarar que não havia provas suficientes para o suposto crime, os nove seguidores de Jesus ficaram presos por quase 20 anos (somando o tempo de prisão de cada um).
Os cristãos estavam cumprindo pena por serem membros de igrejas domésticas, até que a Suprema Corte ordenou uma revisão do caso, dizendo que eles não haviam cometido nenhum crime. Os seguidores de Jesus foram soltos condicionalmente em novembro de 2021, até que a revisão do caso fosse concluída.
Em fevereiro deste ano, o tribunal de apelação mencionou argumentos apresentados pela defesa, concluindo que os nove homens tinham apenas adorado a Jesus de acordo com os ensinamentos do cristianismo, e que os cristãos são ensinados a viver em obediência, submissão e apoio às autoridades.
Essa decisão das autoridades dá esperança aos cristãos no Irã, mas a perseguição aos seguidores de Jesus ainda é uma preocupação. O país ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022, que mostra onde é mais difícil viver como cristão. Além disso, a justiça no Irã é imprevisível.
Enquanto os nove cristãos foram totalmente exonerados pela Suprema Corte, dois deles já enfrentam novas acusações. Um terceiro cristão foi enviado de volta para a prisão em janeiro por outro juiz da Suprema Corte sob a alegação de um erro do tribunal de apelações em um caso de sete anos.
Enquanto isso, o cristão ex-muçulmano Nasser Navard Gol-Tapeh foi informado no mês passado que seu recurso para um novo julgamento foi rejeitado pela Suprema Corte. Ele cumpre uma sentença de 10 anos, por "crimes" semelhantes aos nove convertidos que foram absolvidos poucos dias antes.
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