Portas Abertas • 23 jan 2015
“Os dois estavam no aeroporto Ahmed Ben Bella Oran a espera de um voo da companhia aérea nacional Air Algeria com destino a um país vizinho. Uma vez que cada um deles tinha uma Bíblia em sua bagagem, eles foram levados pela polícia e submetidos a um longo interrogatório. Todas as perguntas se referiam aos motivos que os levaram a mudar de religião”, explica Kader, líder de uma igreja evangélica em Oran. Após o interrogatório os dois foram autorizados a embarcar no avião.
Kader acredita que o interrogatório é parte de “uma tentativa deliberada de intimidar os cristãos"" na Argélia. ""Situações como essa são injustas e violam a lei"", afirmou. Ele se refere à Constituição argelina que garante no capítulo quatro, o artigo 29, a liberdade de religião e de consciência.
De acordo com Kader, a lei argelina proíbe formalmente a pregação para muçulmanos e a distribuição de livros cristãos (Bíblias ou outros escritos explicando o cristianismo), mas não condena a posse de uma Bíblia pessoal. ""Apesar disso, autoridades do país se acham no direito de interrogar os cristãos em suas crenças pessoais, simplesmente porque eles carregam uma Bíblia"", concluiu.
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