Portas Abertas • 18 set 2015
Em Malatya, uma cidade da Turquia, cinco suspeitos foram julgados pela morte de três turcos, convertidos ao cristianismo, e somente um deles, conhecido por Gunaydin, foi considerado culpado dos assassinatos. Os outros suspeitos fizeram seus apelos de defesa no tribunal, dizendo não terem participado pessoalmente dos crimes.
Um deles revelou: ""Quando ele nos disse que seu irmão mais velho e seu pai eram mafiosos, tivemos medo dele. Ele sempre carrega uma faca para onde vai e tem uma personalidade violenta”. De acordo com declarações dos suspeitos, Gunaydin começou a doutriná-los contra os missionários cristãos, incitando-os a acusar as igrejas cristãs de trabalharem contra o Estado turco. Ele também planejava invadir o escritório da igreja a fim de confiscar documentos e arquivos de computador que, segundo ele, iria revelar a ""agenda secreta"" dos cristãos contra a Turquia e o islã.
Os suspeitos passaram sete anos em uma prisão de alta segurança, e agora, com o resultado do julgamento, foram liberados para prisão domiciliar, equipados com aparelhos eletrônicos de rastreamento. Entre eles havia um militar, também suspeito de participar dos crimes. Ele recebeu prisão perpétua durante os julgamentos iniciais, mas também foi liberado com os demais.
De acordo com Soner Tufan, porta-voz da Aliança das Igrejas Protestantes da Turquia, houve uma manipulação judicial no caso Malatya, e isso tem desanimado as comunidades cristãs e as pequenas minorias da nação. ""Gostaríamos de ver estes assassinatos julgados de forma justa. Eles mataram nossos irmãos violentamente, foi um crime de ódio. Tivemos os melhores advogados e eles trabalharam duro para revelar a verdade, mas o julgamento foi injusto."" Soner disse ainda que a justiça do homem pode falhar, mas ele acredita que em breve a justiça de Deus vai acontecer.
© 2024 Todos os direitos reservados