Portas Abertas • 4 jan 2018
O ensino da Bíblia tem sido motivo de perseguição por parte do governo local (Foto ilustrativa)
Grace é líder de uma rede de igrejas de cristãos ex-muçulmanos na China e compartilha alguns dos desafios em realizar cultos nessas comunidades, onde os cristãos vivem sob extrema pressão e temem perder seus empregos ou outras liberdades. Victor, por sua vez, é um pastor da etnia han há quase nove anos. Desde que estava no seminário, ele sentiu o chamado para ser um discipulador. Quando se casou com uma cristã ex-muçulmana, ele pôde ver de perto a pressão a que esses irmãos são submetidos quando se convertem. Então ele sentiu a direção de Deus para ajudá-los, mas não sabia como.
O governo local publicou regulamentos com punições que vão de prisão a perda de emprego por atividades religiosas ilegais. Tais regulações são mais severas para os cristãos ex-muçulmanos, enquanto os chineses han (etnia majoritária da China) desfrutam de mais liberdade. Sem estabilidade espiritual diante desse ambiente hostil, as igrejas de ex-muçulmanos estavam se enfraquecendo – o que preocupa líderes como Grace. Ela teme também pelas futuras gerações, pois acha que podem se esquecer de Jesus se não frequentarem a igreja com seus pais, pois a influência da propaganda comunista é muito forte nas escolas dos pequenos vilarejos, mais do que nas grandes cidades.
Pequenos grupos e discipulado individual
O pastor Victor tem experiência em discipulado em pequenos grupos. Então a Portas Abertas organizou um programa de mentoreamento para Grace e outro líder de sua igreja com o pastor Victor. Pequenos grupos e discipulado individual se adequam bem à realidade de vigilância sob a qual vivem os cristãos ex-muçulmanos. A igreja de Victor é formada por pequenos grupos. Após três dias de treinamento, Grace estava convencida de que um discipulado eficiente era o que a igreja precisava para ser fortalecida para enfrentar a pressão.
Grace ficou muito agradecida com a vinda do pastor Victor para dar o treinamento e o convidou para voltar. Ele ficou tocado com a realidade dos irmãos ex-muçulmanos. Ele disse: “É verdade que, como discípulos de Jesus, todos temos que enfrentar perseguição, mas como vamos responder a ela é uma escolha”. Grace começou a discipular um pequeno grupo e também a fazer discipulados individuais. Ela agradece àqueles que oram por ela: “Obrigada por me fazer sentir que nunca estou sozinha aqui”.
Pedidos de oração:
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