Eleições na Tanzânia são marcadas por violência

Manifestações da oposição deixaram cidadãos mortos e feridos

Portas Abertas • 4 nov 2020


Os protestos, além de irem contra o presidente eleito, denunciam possíveis fraudes

Os protestos, além de irem contra o presidente eleito, denunciam possíveis fraudes

No dia 28 de outubro, a Tanzânia passou por eleições presidenciais, que levaram à vitória de John Magufuli. Durante o dia, ocorreram diversos ataques brutais contra civis na área sul de Ruvumba. Os agressores mataram sete pessoas, incendiaram edifícios e sequestraram muitas mulheres. Relatos iniciais indicam que as vítimas foram questionadas sobre a religião delas e que os muçulmanos foram poupados.

Ruvumba está situada perto da fronteira com Moçambique, onde extremistas islâmicos causaram estragos ao longo deste ano. Especialistas dizem que os rebeldes moçambicanos estão ligados a grupos islâmicos radicais em toda a África Oriental, incluindo alguns na Tanzânia. O ataque traz ainda mais controvérsias a uma eleição feita com irregularidades, incluindo supostos problemas com as urnas e enorme desaceleração da internet. Na véspera da votação, pelo menos 10 pessoas foram mortas no arquipélago de Zanzibar.

Mesmo antes do presidente John Magufuli ser declarado o vencedor na sexta-feira, líderes da oposição convocaram protestos contra supostas fraudes eleitorais. “A vitória do partido em quase todas as cadeiras do Parlamento chocou até mesmo os críticos. Eles haviam alertado para a repressão assustadora durante os primeiros cinco anos de Magufuli no poder”, informou uma fonte local, explicando que o partido governista Chama Cha Mapinduzi agora tem assentos suficientes para mudar a Constituição e estender o limite de dois mandatos da presidência. 

Em resposta aos resultados das eleições, os Estados Unidos, em uma nota divulgada pelo Departamento de Estado norte-americano, disseram: "As irregularidades e as margens esmagadoras da vitória levantam sérias dúvidas sobre a credibilidade dos resultados anunciados", e observaram relatos críveis de "uso da força contra civis desarmados". Mas a comissão eleitoral da Tanzânia chamou todos os votos de legítimos.

Desde sexta-feira, 30, o governo aprisionou brevemente um líder da oposição, Seif Sharif Hamad, duas vezes. Um oficial do partido, Ismail Jussa, foi agredido por soldados e hospitalizado. Segundo a polícia, o candidato presidencial da oposição, Tundu Lissu, foi interrogado por mais de duas horas e depois liberado na última segunda-feira por suspeita de conexão com os "protestos proibidos". 

Pedidos de oração

  • Ore pelos cristãos na Tanzânia, para que permaneçam firmes na fé e que Deus os visite dando paz e esperança.
  • Interceda pelos líderes do país, para que governem visando o bem de toda a população.
  • Clame para que o amor de Cristo esteja sobre os cidadãos do país e que tenham as vidas transformadas.

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A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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