A ação de grupos jihadistas em Burkina Faso já levou muitos a fugirem, se tornando deslocados internos, como estes
No vilarejo de Belehede, no norte de Burkina Faso (país do Sahel Africano, região da África situada entre o deserto do Saara e as terras mais férteis a sul, que forma um corredor quase ininterrupto do Atlântico ao Mar Vermelho), jihadistas mataram 17 civis em um ataque noturno, na madrugada do dia 20 de junho. O ministro da Defesa, Cheriff Sy, disse que não tinha detalhes, mas afirmou: “Vamos anunciar quando mais informações estiverem disponíveis”.
A preocupação sobre o rápido aumento de grupos militantes nas regiões norte e leste do país é crescente. No dia 26 de maio, ocorreu o quarto ataque a adoradores cristãos em um período de cerca de três meses. Na ocasião, militantes islâmicos atacaram uma igreja durante o culto em Toufle, na região norte, matando quatro cristãos. O ataque ocorreu logo após uma visita da equipe da Portas Abertas ao país.
Enquanto isso, um portal de notícias da Fundação para a Defesa de Democracias, chamado Long War Journal, com base em Washington, nos Estados Unidos, reportou que militantes do Mali e Burkina Faso lançaram um vídeo em que reafirmam lealdade ao califado de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do grupo Estado Islâmico. O autoproclamado califado continua a competir com a al-Qaeda pela lealdade de potenciais jihadistas na região. O vídeo tem por objetivo sublinhar o compromisso dos seguidores de Baghdadi, apesar dos contratempos no Iraque e Síria.
O vídeo começa com uma declaração escrita que afirma a solidariedade dos combatentes ao Estado Islâmico, dizendo que permanecem fiéis ao juramento e que continuarão a combater as forças dos infiéis, que afirmam ter erradicado o califado. No vídeo, os combatentes dizem: “Nós juramos ao califa dos muçulmanos, xeique Abu Bakr al-Baghdadi, que vamos ouvir e obedecer, durante momentos difíceis e fáceis, em dificuldade ou prosperidade”. Eles acrescentaram que vão “enfrentar” qualquer adversidade que surja em seu caminho e, em concordância com seu compromisso de fidelidade, não vão discutir nem enfraquecer seus líderes, a não ser que eles ajam claramente em descrença.
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