Portas Abertas • 22 out 2019
No Norte da África, mulheres precisam de acolhimento das igrejas para reconstruir suas vidas
A vida de uma mulher no Norte da África não é fácil, mas quando ela é muçulmana e se converte ao cristianismo, os desafios ficam ampliados. Aizah* carrega consigo a dor de ser expulsa de casa quando assumiu sua nova identidade religiosa. Hoje, ela discipula outras 10 mulheres que vivem as mesmas experiências. Uma delas é Alima*, de 22 anos. Filha de um imã, sacerdote responsável pelas preces na mesquita, ela foi ameaçada de morte pelo pai e teve que fugir de casa.
“Alima tinha 19 anos quando veio até Jesus. Ela já havia encontrado uma pessoa no centro da cidade que compartilhou sobre Cristo. Alima ficou muito animada quando foi aos encontros da igreja e levou uma Bíblia para casa”, conta a líder cristã. Porém, ao procurar uma caneta no quarto da filha, o pai de Alima encontrou a palavra de Deus e, furioso, prometeu esfaqueá-la.
Com medo, Alima fugiu e foi procurar ajuda na casa de uma família cristã que conheceu, mas por não se sentir confortável com a presença de um homem que não era seu parente, mudou-se para um quarto e começou a ser ajudada pelo projeto de Aizah. Além de ter as necessidades básicas como moradia, transporte e comida supridas, a jovem cristã também foi incentivada a voltar a estudar e a encontrar um trabalho.
No primeiro momento, a ajuda tem prazo de seis meses, até que a mulher consiga se estabelecer. Com a aproximação do fim desse período, a cristã auxiliada se sentiu constrangida e recusou a ajuda. Sem ter muitas perspectivas de futuro, ela conheceu um homem quando foi fazer a matrícula na escola. Ele prometeu ajudá-la e tornar-se cristão também. Logo, a ex-muçulmana foi morar com a família do rapaz e disse para a líder que viveria com uma tia e primos.
“Quando ela o encontrou, considerou-o como um salvador. ‘Com ele, eu terei uma casa e não estarei mais sozinha’, pensou. Desesperada como ela estava, acreditou nele. É comum na região mulheres usarem o casamento como um escape da dificuldade”, explica Aizah. (Essa história continua)
Pedidos de oração
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