Portas Abertas • 3 jan 2017
Hajara* é uma mulher alta, com um sorriso brilhante e envolvente. Seu físico forte conta a história de uma esposa e mãe que sempre caminhou muitos quilômetros, suportando cargas pesadas e trabalhando longas horas sob o sol ardente, a fim de prover sua família nas planícies secas e empoeiradas da remota África Central.
Ela anseia continuar cumprindo o que acredita ser o chamado de sua vida: compartilhar o evangelho com os muçulmanos. Hajara costuma dizer que foi para isso que ela veio ao mundo. ""As-Salam-u-Alaikum!"" Ela pronuncia a saudação islâmica antes de entrar numa vila. “Onde está sua mãe?”, ela pergunta para a criança que está sentada numa cadeira. Uma mulher enrolada a um sarongue a cumprimenta alegremente.
A família abordada por Hajara faz parte de um subgrupo chamado Mbororo, que se originou dos pastores fulani, conhecidos por sua cultura única e violenta. “Eles são pessoas difíceis, rápidos para reagir e, quando se sentem ofendidos, podem até matar. Por isso eu preciso ser muito cuidadosa. Aprendi até mesmo a me vestir adequadamente para abordá-los, sei como devo falar, cumprimentar e me comportar entre eles”, explica.
Ao longo de sua vida, Hajara já viu três conversões através desse trabalho. Pode parecer pouco, mas os africanos sabem que isso significa um grande milagre. Cada um desses novos cristãos é uma semente que poderá brotar, crescer e dar novos frutos. Hajara, cujo nome significa “amiga dos Mbororos”, está fazendo diferença com seu trabalho para o reino de Deus e certamente está agradando o Criador. Lembre-se dela em suas orações.
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