Portas Abertas • 31 mai 2017
O ex-governador de Jacarta, Basuki Tjahaja Purnama (Ahok), que foi preso no dia 9 de maio, com a sentença de 2 anos de prisão, decidiu não recorrer à decisão do juiz. Condenado por supostamente blasfemar contra o islã, ele escreveu uma carta que foi lida por sua esposa, dizendo que decidiu aceitar a ordem do tribunal pelo bem dos cidadãos do país. Ahok falou de paz e perdão num momento em que há manifestações em sua defesa e muita agitação nas ruas. ""Ele citou o Salmo 131 em público e deu um testemunho cristão surpreendente, embora ele continue a ser alvo de ameaça de morte de grupos extremistas islâmicos"", disse um dos colaboradores da Portas Abertas. Retirando seu apelo, ele desafiou o pluralismo religioso nesta nação que ocupa o 46º lugar na atual Lista Mundial da Perseguição. ""Faço isso pelo bem do povo e da nação. Sei que não é fácil aceitar essa realidade, ainda mais para mim, mas aprendi a perdoar e a aceitar tudo"", dizia um trecho da carta que sua esposa, emocionada, leu em uma coletiva de imprensa. O conteúdo da carta agradecia a todos os partidários, aos que estão orando por ele, e também aos que enviaram flores, cartas e livros. Ele encorajou a população ao perdão e aconselhou as pessoas a aceitarem a sentença imposta a ele. Além disso, Ahok se mostrou preocupado com o que poderia acontecer através das manifestações, explicando que ""Jacarta sofreria grandes perdas, além do congestionamento no trânsito e os gastos resultantes de comícios"". Ele ainda disse: ""Não é certo que haja confrontos com aqueles que se opõem à nossa luta"". ""Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma..."" (
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