Portas Abertas • 3 set 2020
Os frequentes ataques de extremistas islâmicos causaram o deslocamento de milhares de pessoas pela Nigéria
Na manhã de 24 de agosto, uma escola foi invadida e alunos sequestrados, após o ataque à comunidade de Damba-Kasaya, no estado de Kaduna, Nigéria. De acordo a organização Christian Solidarity Worldwide, os extremistas fulani invadiram o colégio, capturaram a professora Christiana Madugu e mais quatro alunos, que estavam se preparando para os exames finais.
Há poucos dias as escolas da região foram abertas, para que os estudantes das últimas séries pudessem fazer as últimas provas. Os capturados foram Happy Odoji (14), Miracle Danjuma (13) e a irmã Favor Danjuma (9) e Ezra Bako (15). Mais tarde, os sequestradores entraram em contato com a família Danjuma e confirmaram que as meninas estavam sob o poder deles, mas não pediram resgate.
Anteriormente, os instrumentos musicais e sistema de som da Igreja Batista Aminchi foram destruídos, em seguida o local foi incendiado. De acordo com testemunhas, soldados nigerianos enfrentaram os agressores, mas depois se retiraram do local, sem explicação. Segundo os dados da organização Southern Kaduna Peoples Union (SOKAPU), 45 comunidades da região foram atacadas diversas vezes, resultando em vários sequestros e mortes.
Dados da violência
Muitos habitantes do sul de Kaduna foram forçados a fugir por causa da invasão de pastores de cabras fulani. Pesquisas da organização Mission Africa International garantem que 500 pessoas foram assassinadas no período entre janeiro e junho de 2020, e 50 mil ficaram deslocadas. Muitos perderam as colheitas e outros precisaram pagar para ter proteção nas fazendas contra os extremistas.
As ações de radicais na Nigéria têm aumentado o número de pessoas deslocadas, com isso as condições nos campos de deslocados internos ficam ainda mais precárias. Agora é necessário lidar também com a falta de alimentos, água potável e remédios. “As vítimas estão enfrentando a fome e apelamos aos governos federal e estadual de Kaduna para intervir com urgência nesta crise”, conclui o presidente da SOKAPU, Jonathan Asake.
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