Família atingida por ataque a igreja se recupera

Enquanto a esposa está hospitalizada e a filha traumatizada, cristão diz não ter ressentimento em relação aos agressores

Portas Abertas • 6 jun 2018


Robby Pujianto (62) é uma das vítimas do ataque terrorista

Robby Pujianto (62) é uma das vítimas do ataque terrorista

Continuamos hoje a contar a história de mais um cristão vítima do ataque a bomba à igreja GPPS, em Surabaya, na Indonésia. No mesmo dia, 13 de maio, outras duas igrejas foram atacadas. O cristão ex-muçulmano Erwin, de 39 anos, estava com a mãe no segundo andar da igreja quando as bombas explodiram. Sua esposa, Fenny, 34, estava com a filha de 8 anos, Clarissa, na sala das crianças. Quando a primeira bomba explodiu, ele tentou manter a calma e levar a mãe para fora da igreja. Quando se dirigia à escadaria, ouviu a filha chamando a mãe. De alguma forma, Clarissa conseguiu chegar ao segundo andar e, com o rosto coberto de sangue, apontava para baixo, dizendo “mamãe”.

Alguns minutos depois, Fenny apareceu com o corpo e rosto totalmente pretos, cobertos de cinzas e fuligem. Depois Erwin descobriu que um de seus familiares a tinha salvado quando ela caminhava com o corpo em chamas. “Minha esposa estava pegando fogo, mas continuou procurando nossa filha, tal é o poder do amor de mãe”, admira-se Erwin. Fenny teve queimaduras em 85% do corpo e, quando visitamos a família, ainda estava na UTI.

Clarissa teve ferimentos na testa, ombros, mãos e abdômen, mas não foi hospitalizada. O pai diz que a menina não reclama muito das queimaduras, pois é forte. Mas está muito traumatizada, com medo da cor preta, fogo, sons altos, mulheres com véus na cabeça e medo de ir à igreja. Erwin não sabia de onde vinha o medo de mulheres com véu na cabeça, mas Clarissa lhe contou que no dia do incidente viu mulheres com véu – uma marca de mulheres muçulmanas. Ele está tentando ensiná-la que nem todas as mulheres com véu são más.

A igreja tem conselheiros que estão ajudando os membros a se recuperar do trauma. Mas a parte mais difícil para Erwin é que Clarissa não quer ir ver a mãe no hospital. “Ela fica lembrando da minha esposa coberta de fumaça preta, o que me entristece muito”. Quanto aos agressores, Erwin diz que ficou nervoso, sim, pois é humano. “Mas não tenho ressentimentos em relação a eles. Eu também era muçulmano, e agora sou cristão. A Bíblia nos ensina a amar aqueles que nos perseguem”, conclui.

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