Portas Abertas • 7 fev 2019
Forças do governo e moradores locais inspecionam igreja após bombardeio (foto: Western Mindanao Command)
Mais de uma semana após a explosão em Jolo, uma cidade na província de Sulu, nas Filipinas, Hadassah, uma funcionária de campo da Portas Abertas, compartilhou sua recente visita ao hospital onde vítimas do incidente estão sendo tratadas.
Minha visita ao hospital foi bem. Eu visitei 15 vítimas, sendo que 2 são meus amigos. Fico triste ao dizer que um deles morreu, após seu cérebro ser atingido por estilhaços. Três dedos do pé da minha outra amiga foram amputados, mas ela está se recuperando bem. Quando alguém a pergunta sobre o motivo do bombardeio – se foi por ressentimento entre cristãos e muçulmanos – ela declara: “Não é rancor ou ódio. Em minha experiência pessoal, por causa do meu trabalho, vejo como cristãos e muçulmanos se respeitam, mostrando amor e paz ao viverem juntos. Mas acho que a intenção do bombardeio era provocar muçulmanos e cristãos para se odiarem, e eu sei que há um mandante no poder que está conduzindo tais ataques”.
Até agora, durante as visitas, pudemos conceder uma pequena ajuda financeira a cerca de três famílias. No último sábado, a Portas Abertas também ajudou um garoto de 10 anos com uma consulta. Essa é uma ajuda inicial que somos capazes de conceder às vítimas.
O incidente do bombardeio em Jolo, no dia 27 de janeiro de 2019, que matou 21 pessoas e feriu 81, foi muito desumano. Ninguém esperava por isso. Quem o faria? Uma bomba explodindo dentro de uma igreja durante o culto, acontecendo em um país democrático que tem uma alta porcentagem de cristãos? Foi muito repentino e muitas vidas inocentes foram afetadas por causa da ganância, ideologias sem sentido e pessoas não tementes ao Senhor.
Mas como cristãos que alegam ser seguidores de Jesus, as dificuldades da vida, ameaças de guerra e bombas, violência por todo lugar e perseguição à fé cristã não deveriam nos surpreender. Somos alertados por Jesus em Mateus 24 que essas provações são parte do fim dos tempos e deveríamos assim nos desafiar a estarmos sempre preparados e vigilantes.
No entanto, Cristo nos encoraja em João 14:1: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim”. No pior dos tempos, temos alguém que mora e habita em nós, em quem podemos esperar, não importa o que aconteça. Assim como ele prometeu em Hebreus 13:5-6: “porque Deus mesmo disse: Nunca o deixarei, nunca o abandonarei. Podemos, pois, dizer com confiança: O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens?".
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