Portas Abertas • 12 jan 2017
O governador cristão indonésio, Basuki Tjahaja Purnama, mais conhecido como ""Ahok"", lutou contra as lágrimas durante o primeiro dia de seu julgamento de blasfêmia, em 13 de dezembro. Alguns líderes muçulmanos acusaram-no de insultar o islã citando o alcorão. Ele pediu desculpas e reconheceu que fez alguns comentários dirigidos a políticos, mas que suas palavras não eram críticas aos versos do livro sagrado dos muçulmanos.
O julgamento foi transmitido ao vivo pelas emissoras de TV indonésias. O governador alegou sua inocência dizendo ao tribunal: “Eu nunca tive a intenção de insultar os muçulmanos ou seus líderes. Sendo assim, suplico aos juízes que considerem o meu argumento”. Ele também explicou que citou justamente o verso do alcorão que proíbe o uso das escrituras islâmicas para benefícios políticos.
Mas uma versão “editada” desse discurso se tornou viral e provocou a indignação da comunidade muçulmana. Ele passou a ser investigado e, desde então, aumentou o número de ataques dirigidos aos cristãos por grupos extremistas. O clima continua tenso. Analistas estão preocupados com a hostilidade dos muçulmanos moderados em relação a Ahok. Lembre-se dele em suas orações.
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