Portas Abertas • 13 jul 2016
Apesar de o governo eritreu ter embarcado em uma verdadeira missão de relações públicas, anunciando ao mundo que não tem um governo fechado, abrindo inclusive as portas para os jornalistas estrangeiros para tentar desfazer sua imagem negativa, as tentativas foram frustradas. A ONU já havia informado que milhares de pessoas estavam deixando o país por conta da repressão e violação dos direitos humanos. De acordo com os relatórios mais atuais da Portas Abertas, sabe-se que a perseguição religiosa chegou a um nível extremo, tanto que o país que ocupava o 9º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa de 2015, passou para o 3º em 2016, subindo 6 posições em um único ano.
Apelidada de “Coreia do Norte da África”, agora a nação recebeu acusações formais de crimes contra a humanidade, que inclui todo tipo de violência: assassinato, escravidão, desaparecimentos, tortura e prisão. O relatório da ONU que apresenta tais acusações baseia-se no testemunho de 833 eritreus que vivem como refugiados em 13 países. O governo eritreu respondeu dizendo que as afirmações são um ataque, não somente contra a Eritreia, mas contra a África de um modo geral. Quanto à perseguição religiosa, o regime do país tem apriosionado as pessoas durante muitos anos por uma única razão: a fé que professam.
A cristã Helen Berhanee, cantora eritreia, ficou presa durante dois anos em contêineres marítimos simplesmente porque não aceitou a pressão do governo para negar sua fé em Cristo. Apesar de ela ter sido torturada sem haver sentença, não houve um julgamento. É possível que haja cerca de 3 mil prisioneiros vivendo ainda nessas condições. Depois de sair da prisão, Helen recebeu asilo político na Europa e, após sua recuperação, ela chegou a escrever um livro sobre sua experiência e a injustiça na Eritreia, um país intolerante que já fechou todas as igrejas cristãs após uma lei que foi lançada em 2002. Mesmo assim, o número de novos convertidos continua crescendo através da evangelização de igrejas subterrâneas. Continue intercedendo pela igreja na Eritreia.
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Testemunho de Helen Berhane
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