Os manifestantes protestaram principalmente contra a cruz colocada na parede da igreja porque viram nela um ""desafio ao islã"" e um grande potencial para abalar a fé dos jovens muçulmanos, já que o bairro da igreja fica em uma ""região malaia"". Quando a polícia chegou ao local, depois de negociações, os líderes da igreja tiraram a cruz da parede.
Daniel, analista de perseguição da
Classificação da Perseguição Religiosa declarou: ""Esse incidente mostra como são tensas as relações entre raças e religiões na Malásia. A Câmara Municipal foi rápida ao declarar que o fato de uma igreja se reunir em um local de comércio e exibir um sinal religioso é algo ilegal, apesar da Constituição do país garantir a liberdade de religião e do Conselho Executivo de Selangor salientar que as igrejas não precisam de permissão para se reunir em locais comerciais. Como centenas de igrejas funcionam similarmente à de Taman Medan, esse evento vai somar ao nervosismo vivido já pela minoria cristã e aumentar o sentimento de serem cidadãos de segunda classe"".O incidente tem indicações políticas mais amplas, e alguns manifestantes são supostamente membros do partido no poder UMNO, sendo o mais proeminente o irmão mais velho do Inspetor Geral da polícia da Malásia.
Daniel relata: ""Para terminar com uma nota mais positiva, este incidente parece ter acordado políticos.
Islâmicos moderados desculparam-se pelos manifestantes e chamaram a retirada da cruz de repugnante. Políticos prometeram investigar se os manifestantes cometeram violações contra o Direito Penal ou mesmo contra a rigorosa e recentemente alterada lei de insubordinação. Isso deve continuar sendo observado para saber qual será o resultado dessas investigações"".Leia mais
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