Portas Abertas • 9 jan 2021
A morte suspeita do sudanês levantou muitas dúvidas, o que gerou revolta na população
No dia 29 de dezembro, milhares de sudaneses participaram do funeral de um homem que foi torturado até a morte, em um centro de detenção no Sudão. O local é administrado por uma força militar de criminosos, que teria cometido crimes de guerra em Darfur, região oeste do país.
Bahaa el-Din Nouri, de 45 anos, foi sequestrado por homens vestindo roupas brancas e em um veículo sem placa, enquanto estava em um café em Cartum, capital do Sudão. A morte dele provocou indignação em todo o país. Cinco dias depois, o corpo do homem apareceu no necrotério de um hospital na cidade de Omdurman, do outro lado do rio de Cartum. A família se recusou a levar o corpo para o enterro imediato, depois de ver sinais de aparente tortura e pediu uma autópsia para revelar a causa da morte.
O ministro da Cultura e Informação, Faisal Mohammed Saleh, informou que Nouri morreu enquanto era interrogado pelas Forças de Apoio Rápido. O promotor público Taj al-Ser Ali al-Hebr alegou que a autópsia confirmou que o rapaz morreu devido aos ferimentos resultantes da tortura, e tomou "as medidas necessárias" para que os envolvidos na morte de Nouri fossem entregues aos promotores.
O general sudanês, Mohammed Hamdan Dagalo, comandante das Forças de Apoio Rápido, retirou a imunidade para qualquer membro da RSF sob suspeita, para permitir que a investigação dos promotores avançasse sem obstáculos. Dagalo também é o vice-chefe do conselho soberano governante. Nouri não era cristão, mas a preocupação dos líderes do país com os direitos dos cidadãos pode trazer segurança e paz aos seguidores de Cristo no Sudão.
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