Portas Abertas • 19 mar 2004
Numa certa cidade do norte da Nigéria, qualquer coisa que esteja relacionada ao Evangelho é considerada tabu. Entretanto, muitos missionários foram designados para aquela área, mas sem conseguir uma única alma para Cristo, porque alguns missionários foram assassinados e outros não conseguiram suportar os maus tratos.
Um dia, o pastor Emmanuel Magaji, 43, que é um obreiro missionário da Fundação Cristã Missionária (FCM), foi designado para essa cidade. Ao chegar, Emmanuel foi recebido de uma forma terrível e bárbara. Os cidadãos locais deram-lhe um ultimato para que deixasse a cidade ou morreria. Emmanuel foi advertido para não tentar conversar com ninguém dessa cidade. Eles recusavam-se até a fazer qualquer negócio com ele. Sendo um homem de Deus, Emmanuel começou a orar e prometeu não sair da cidade porque o Senhor, que o enviara, não o abandonaria.
O assédio não ficou só em palavras, mas foi mais ameaçador e real. A recusa de Emmanuel de se submete às advertências resultou num atentado para matá-lo. A comunidade convidou uma delegação de Imãs das cidades vizinhas para celebrar rituais. O nome de Emmanuel foi proferido noventa e nove vezes, como uma tentativa de lançar um feitiço mortal sobre ele, mas para surpresa deles, o feitiço não teve impacto e nada aconteceu. Então a comunidade tentou amedrontar Emmanuel em várias ocasiões matando animais à sua porta, mas isso também não o amedrontou.
Nas primeiras horas de uma certa manhã, Emmanuel acordou com um barulho estranho. O seu nome fora chamado três vezes. Para sua surpresa, Emannuel viu luzes brilhantes, semelhantes a faróis de um carro, aproximando-se de sua casa, quando ele deu uma olhada pela janela. Quando as luzes estavam quase chegando em seu quarto, subitamente apareceu algo do nada e destruiu as luzes. Emmanuel recorda que somente ouviu passos de criaturas invisíveis correndo e gritando.
No dia seguinte um dos chefes perseguidores, o Imã Abdul*, entrou em contato com Emmanuel e marcou um encontro com ele. Na reunião deles, Abdul confessou que estava entre aquelas luzes que tinham aparecido na noite anterior.
No começo Emmanuel foi muito cauteloso, mas Abdul* continuava perguntando: Que tipo de proteção você tem que toda tentativa que fizemos para matá-lo, falhou? Por favor, você não pode me ajudar com a mesma proteção ou remédio?
Emmanuel riu, e respondeu que não usava remédio algum para proteção: Eu creio apenas no sangue de Jesus Cristo (Nabi Isa).
O Imã ficou confuso, mas disposto a admitir que quando eles foram com a intenção de causar mal a Emmanuel, viram um luz brilhante do céu cercando a casa do missionário.
Deus não somente protegeu Emmanuel, como também proveu uma porta aberta para alcançar a alma perdida com o Evangelho. O Imã Abdul* tornou-se o primeiro morador local a aceitar secretamente Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal. Daquele momento em diante, o novo convertido começou a negligenciar suas responsabilidades como Imã. Sua frouxidão chamou a atenção e o clero, certo dia, astutamente o convidou para a mesquita, atraindo-o com uma chamada discussão especial. Ao chegar, o Imã Abdul* foi indagado sobre sua negligência. Sem hesitar, Abdul* confessou corajosamente que havia aceitado Cristo como Senhor e Salvador. Não é preciso dizer que o clero tentou convencê-lo a voltar para o islamismo. Abdul recusou-se.
Sua recusa provocou uma agressão impiedosa, deixando-o inconsciente. Convencidos de que o Imã sucumbiria à advertência do clero, eles o levaram ao hospital.
Os moradores locais ficaram furiosos, porque perceberam que o pastor Emmanuel tivera influência na conversão de Abdul*. A comunidade fez um apelo ao Chefe Distrital que, por sua vez, recomendou a detenção de Emmanuel. O pastor ficou detido durante três dias até ser solto com uma notificação de liberdade.
No mesmo dia em que Emmanuel recebeu a notificação, um amigo de confiança foi manipulado para oferecer comida envenenada ao missionário. Emmanuel contou a um colaborador de Portas Abertas que o amigo levou um pouco de comida aparentemente preparado especialmente para ele. Sem querer ofender seu amigo de confiança, Emmanuel deu uma mordida. Emmanuel falou também que ficou surpreso com o comportamento do amigo que disse que tinha de devolver o alimento para sua casa, pegou o alimento e saiu imediatamente depois que Emmanuel deu a primeira mordida.
Logo depois que o amigo saiu, o estômago de Emmanuel reagiu ao veneno. Ele caiu no chão, dominado pelo sofrimento. Sua esposa o viu caído ao chão e correu até ele. Ela o encontrou com espuma ao redor da boca e gritando por socorro, mas ela teve de tomar providências sozinha. De alguma forma ela conseguiu levar Emmanuel para dentro da casa, onde ela fez a única coisa que poderia salvá-lo. Ela orou.
O servo de Deus foi curado, mas ficou advertido a nunca mais comer nada oferecido por qualquer pessoa.
O pastor se recusa a deixar a cidade, apesar de atualmente estar impedido de sair de casa, devido aos jovens hostis que receberam ordens para matá-lo sempre que o virem com um morador local. O Imã ainda está se recuperando de seus ferimentos internos, mas ele promete não deixar Cristo.
Pontos de oração:
- Ore por favor pela situação desta cidade em particular do norte da Nigéria. Peça a Deus que abençoe o pastor Emmanuel e sua família, pela disposição deles em perseverar nestas circunstâncias hostis.
- Ore também pelo nosso novo irmão Abdul*. Louve o Senhor pela disposição de Abdul de permanecer firme na fé apesar da Verdade ainda ser muito nova para ele.
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