Jemima Alkali é encorajada pelos apoiadores da Portas Abertas

Portas Abertas • 31 ago 2007


Quando viu a câmera, ela imediatamente nos informou que não estava em seus planos falar naquele equipamento, para contar ao mundo sobre sua dor. É compreensível. Quem gostaria de informar ao mundo sobre o dia em que sofreu um estupro? É claro que a Portas Abertas respeitou sua solicitação.

Leia a história completa de Jemima aqui.

Estivemos na Nigéria para realizar um retiro espiritual para mulheres nigerianas. Nossa primeira sessão sobre sofrimento havia acabado de ser concluída e era hora de ouvir as nigerianas. Jemima Alkali, de 27 anos, veio nos dizer o que achou da mensagem.

Vestida de amarelo vivo, em um traje tipicamente nigeriano, a bela Jemima começou a contar às mulheres, a maioria delas com idade suficiente para ser sua mãe, sobre os desafios de sua irmã Hannatu. Então ela alterou abruptamente sua narrativa: “Quero contar-lhes o que aconteceu comigo”.

As expectadoras se calaram quando Jemima começou a contar sobre aquele dia. Depois de algumas poucas frases, ela desmoronou. Era demais para ela.

As mulheres no retiro ficaram devastadas à medida que seus corações compreendiam a realidade do que havia acontecido. Essa irmã sofria profundamente e elas podiam sentir a dor dela em sua própria pele. Como confortá-la? Como dar esperança?

Somente falando com a nossa Esperança e Conforto! Nunca vi um quebrantamento em conjunto como aquele. E nunca vi tantas mulheres sendo confortadas juntas, de joelhos em oração ao Único que as entende.

O relato da violência

Jemima havia dado àquelas mulheres uma olhada em seu próprio coração, ajudando-as a desviar os olhos de seus problemas o suficiente para que se concentrassem nos problemas alheios. Ao organizar o retiro, sonhávamos em confortar essas mulheres e encorajá-las a confortar outras com o consolo que é recebido. E Jemima ajudou-nos a fazer isso.

Não deve ter sido fácil para ela. Mas em seu quebrantamento, ela se pôs à disposição do Rei. Ele a fez de instrumento na construção de seu Reino.

A irmã mais velha de Jemima, Hannatu Haruna Alkali, foi expulsa da Universidade de Tafawa Balewa, em Bauchi, por supostamente blasfemar contra o profeta do islã. Na véspera do Natal de 2006, cinco militantes muçulmanos invadiram a casa de Hannatu em busca dela. Não conseguindo encontrá-la, atacaram Jemima.

Os militantes injetaram nela por três vezes uma substância desconhecida, e a deixaram para morrer. Um policial da vizinhança ouviu barulhos na casa e encontrou Jemima amarrada no chão. Ele pegou uma faca de cozinha, cortou as cordas e chamou o irmão de Jemima, Alex. O vizinho também relatou o ocorrido à polícia local, e os oficiais levaram Jemima a um centro médico público.

Milagre

“Enquanto eu aguardava no hospital, meu pai orava com o pastor e os presbíteros em nossa igreja. Eu pude sentir algo saindo de mim. Quando o médico me examinou afinal, não achou vestígio de nenhuma substância desconhecida em meu corpo”, disse ela.
Depois disso, Jemima nos assegurou de que não chorava mais por causa de si mesma. O pensamento de Deus protegendo-a do veneno a encheu de temor.

Jemima impressionou a todos com sua forte presença e coragem de abertamente compartilhar sobre seu sofrimento, apesar de ainda estar traumatizada. Quando foi questionada se não era difícil saber que tantas pessoas em todo o mundo sabiam do que lhe acontecera, ela replicou: “Não me importo em compartilhar meu sofrimento, pois eu sei que Deus pode usá-lo para fortalecer outras pessoas que passaram por situações semelhantes. Conquanto que minha história glorifique Deus, não me importo”.

“Como Jó, temos de aprender a perseverar. Se perseverarmos até o final, Deus dirá: ‘Obrigado servo bom e fiel’”, disse ela.

Ao final do retiro, Jemima parecia estar muito encorajada pelos conselhos, orações e amor que recebeu durante o retiro. Ela não conseguia parar de folhear as centenas de cartas que recebeu dos parceiros da Portas Abertas.

A Portas Abertas continua se preocupando com o bem-estar de Jemima. Sua fé é forte, mas vimos que ela ainda está traumatizada. Encorajamos as pessoas a orarem por ela, uma vez que ela está trabalhando o trauma que sofreu por tudo o que passou.

Jemima ganha obtém uma pequena renda do salão de cabeleireiro que ela dirige, mas seu desejo é continuar a estudar. Ela ainda mora com seus pais, e parece estar menos tenda em comparação às últimas visitas que recebeu da Portas Abertas.

Durante o retiro, Jemima recebeu uma animadora mensagem de texto de sua irmã Hannatu, que está atualmente refugiada em outro país. A mensagem dizia: “Quanto mais vemos a soberania de Deus, menos ficamos perplexos com as calamidades do homem”.

Um obreiro da Portas Abertas conversou com Hannatu por telefone, e ela disse estar profundamente tocada pelas orações dos parceiros em seu favor.

Pedidos de oração

• Interceda por Jemima, que ainda está se recuperando de sua experiência traumática. Agradeça ao Senhor pela oportunidade que ela teve de conhecer outras mulheres, receber conselhos e oração e por ser animada a permanecer firme no Senhor;

• A fé de Jemima parece continuar forte. Louve a Deus por sua misericórdia. Peça ao Senhor que Jemima continue a confiar nele.

• Ore por Hannatu, que aguarda uma bolsa de estudos. Peça que a vontade de Deus seja feita na vida dela, e que Hannatu dependa da sabedoria, discernimento e paciência que vêm de Deus durante esse tempo de incerteza.

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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