Portas Abertas • 18 jan 2017
Os constantes ataques do grupo extremista Boko Haram, na região Norte da Nigéria, foram responsáveis por um grande desastre humanitário. No estado de Yobe, um dos mais afetados, os cristãos que voltaram para suas comunidades destruídas e severamente danificadas estão enfrentando ainda a pressão adicional por sua fé.
De acordo com relatórios da Portas Abertas, o governo já gastou milhões na reconstrução de várias comunidades, mas a única comunidade cristã que fica em Kukar Gadu, situada ao Sul, está totalmente abandonada. O governo não realizou nenhuma ação de restauração por lá. Cerca de 50 cristãos que trabalhavam para o governo foram demitidos simplesmente por não terem apoiado as autoridades durante o período de insurgência. Não há notícias de que algum muçulmano tenha sido demitido pelo mesmo motivo.
A igreja nigeriana tem enfrentado a pobreza extrema, e além da fome, precisa lidar com a pressão muçulmana que investe para que os cristãos se convertam ao islã em troca de apoio financeiro. Infelizmente, alguns estão cedendo por necessidade de sustentar a família. Um deles desabafou: “Antes da minha conversão eu não tinha comida para matar minha fome e nenhum dinheiro para resolver questões de necessidades básicas. Agora tenho o suficiente”.
Esta situação ilustra o grande desafio da igreja na Nigéria, em especial para aqueles que estão em Yobe, onde a sharia (legislação islâmica) prevalece. A discriminação e o isolamento são um grande problema. Além disso, a igreja não é forte o suficiente para discipular os novos convertidos, principalmente os que são de origem muçulmana. Os cristãos frequentemente vivem em áreas não estruturadas e abandonadas pelo governo, tornando-se vulneráveis aos esforços da islamização.
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