Portas Abertas • 6 out 2014
Advogados entraram com um recurso judicial no dia 26 de setembro para adiar a deportação, uma medida contra o que a Associação de Igrejas Protestantes da Turquia chamou de decisão ""absolutamente arbitrária"" contra a congregação Gaziantep e seu pastor estrangeiro.
Policiais locais fecharam as instalações da Igreja Vida Nova, em 28 de agosto. Pouco mais de duas semanas depois, em 14 de setembro, eles detiveram seu pastor, Patrick Jensen, com ordem do Ministério do Interior da Turquia para deportá-lo imediatamente.
Cidadão dos EUA, que vive em Gaziantep desde 2005, Jensen foi condenado a pagar 3043 liras turcas (o equivalente a aproximadamente 3.252,42 reais) por violar a Lei nº. 5326 das leis trabalhistas turcas, que exigem uma autorização de trabalho para situação de emprego legal. Ele se recusou a pagar a multa, alegando que era um voluntário servindo na igreja que, segundo o pastor, uma comissão de controle sob o Ministério do Trabalho tinha erroneamente classificado como um lugar de negócios.
Após investigações do advogado de Jensen um dia depois de sua prisão, o pastor assinou um documento solicitando a reavaliação de sua ordem de deportação pelo Tribunal Administrativo de Gaziantep.
Jensen permaneceu detido por 30 horas e até que pôde voltar para casa, pelo menos enquanto seu caso ainda está pendente. Sua autorização de residência turca, válida até novembro de 2015, foi cancelada e substituída por uma licença temporária de 30 dias, emitida até o tribunal decidir sobre o seu recurso, que será conduzido por documentos jurídicos, não alegações.
Jensen começou a pequena congregação protestante há nove anos, quando ele e sua família se mudaram para Gaziantep. Cerca de 40 adultos frequentam os cultos turcos a cada domingo, segundo ele.
""A atitude das autoridades em relação a nós mudou nos últimos seis meses"", disse o pastor à agência de notícias World Watch Monitor. Sem outras opções de local de culto, o grupo da igreja reuniu-se informalmente em um parque durante vários domingos, e, em seguida, em casas particulares.
Apesar do número estimado de cinco mil cristãos protestantes em 120 pequenas congregações na Turquia, o Estado proíbe as instituições da formação teológica de seus membros.
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