Portas Abertas • 22 jun 2015
O governo de Mianmar está pedindo um retorno da população a respeito de um projeto de lei controverso, o qual muitos ativistas condenaram como restritivo e antidemocrático. Quase 1,3 milhão de cidadãos já assinou uma petição em favor da lei sobre proteção da raça e da religião. A lei é patrocinada por grupos extremistas budistas. Este é um exemplo da principal fonte de perseguição em Mianmar: a militância religiosa, tendo como um de seus agentes monges budistas extremistas. A lei se destina a proteger o budismo, apesar de que, em teoria, todas as religiões poderiam usufruir da mesma. Em primeiro lugar, a lei irá restringir ou mesmo proibir as conversões, já que isso requer permissão das autoridades. O mesmo pode acontecer em relação ao casamento livre entre pessoas de diferentes religiões. Um dos aspectos mais preocupantes da lei é o fato de que ""um insulto"" a religião de outra pessoa pode ter como punição até dois anos de prisão. A lei não é clara quanto ao que ""insulto"" realmente significa. Outros países asiáticos e do Oriente Médio já vivem com essas regulamentações e, na prática, elas representam uma maneira fácil de perseguir e punir minorias religiosas. Muitas ONGs e líderes cristãos se manifestaram contra esta lei. Entretanto, foram severamente repreendidos por monges budistas extremistas, que os acusaram de dividir a nação e de não ser cidadãos do país.