Portas Abertas • 21 mai 2019
Muitos cristãos dedicam-se ao período de jejum e oração em favor dos muçulmanos, para que Deus se revele a eles
O período de jejum do Ramadã comemora o tempo na história do islã quando, segundo a crença muçulmana, o profeta Maomé (seu fundador), recebeu uma série de mensagens através do anjo Gabriel por um mês. Essas revelações, mais tarde, formaram o Alcorão, o livro sagrado do islã. Iniciado no dia 5 deste mês, este período de consagração se estende até o dia 4 de junho.
Durante um mês inteiro, muçulmanos em todo o mundo se abstêm de comer, beber (inclusive água), fumar, falar palavras obscenas ou manter relações sexuais do amanhecer ao anoitecer, dedicando-se ao jejum e à oração. Sua jornada de trabalho é reduzida durante esse período em consideração ao estado físico dos que estão jejuando. Seu objetivo é se achegar mais perto de Deus.
Apesar de ser uma prática muçulmana, os cristãos que vivem nos países muçulmanos precisam ser muito mais cuidadosos ao praticar sua fé durante o Ramadã. Em Bangladesh, por exemplo, a maioria dos restaurantes fecha durante o dia para observar o jejum. Além disso, é considerado ofensivo comer ou beber diante de um muçulmano em jejum, assim, os cristãos comem em segredo. "Precisamos ter mais cautela na realização das atividades da igreja, especialmente, seminários, treinamentos e outros programas", afirma Sarah*, uma cristã de Daca.
É válido lembrar, também, que muitos cristãos optam por participar do jejum, como um ato de testemunho. "É minha convicção pessoal que se eu me unir aos muçulmanos em seu jejum, Cristo chegará mais perto deles", declara Sarah. Como este é um período em que os muçulmanos buscam agradar e se aproximar de Deus através de um ritual, nossas orações para que Deus se revele a eles é muito importante.
Apesar disso, há muitos locais em que cristãos enfrentam uma pressão social ainda maior. Sirah* é um cristão argelino ex-muçulmano. Segundo ele, sua família o pressiona anualmente durante o Ramadã. "Eles sempre insistem para eu jejuar, embora eles saibam que eu me converti a Cristo. É como se eles se recusassem a admitir que eu me tornei um cristão”, declara.
Essa pressão, no entanto, não é exclusiva dos cristãos. Ateus e outras minorias religiosas também são alvo da pressão de clérigos islâmicos e forças de segurança. Mas, junto com milhões de outros cristãos ao redor do mundo, nós podemos interceder pelos cristãos que correm perigo e, também, pelos muçulmanos, para que tenham um encontro com o Senhor Jesus durante o Ramadã.
Pedidos de oração
*Nomes alterados por segurança.
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