Portas Abertas • 22 mar 2021
Salamata enfrentou o ataque de radicais islâmicos juntamente com outros irmãos em Burkina Faso
Salamata* é uma jovem cristã de 19 anos, que tem vivo na memória o ataque dos jihadistas à igreja que ela frequentava em Burkina Faso. Quando ainda era pequena, ela perdeu a mãe e aos três anos foi viver com os avós paternos, como mandam os costumes muçulmanos locais.
Quando a jovem estava na escola primária, o pai dela teve um encontro com Jesus e as coisas começaram a mudar. Já que os avós aceitaram a conversão do filho, mas se desesperaram quando outros familiares passaram a seguir a Cristo também. Por isso, a garota e todos os cristãos que viviam na mesma casa foram expulsos.
Como não havia um colégio na região, o pai da cristã a levou para morar em Silgadji, uma cidade alvo de extremistas ao norte do país. A princípio, a família cristã ficou hospedada na casa de um pastor e frequentava a igreja que ele liderava. Mas no último domingo de abril de 2019, os jihadistas chegaram.
Salamata já tinha voltado para a casa do pastor quando uma outra garota chegou trazendo a notícia de que os radicais islâmicos estavam atacando a região. Então, a jovem cristã desejou fugir, mas o local já estava cercado por extremistas.
Os jihadistas chegaram na igreja e perguntaram quem era o pastor, então o líder se manifestou. Em seguida, os jihadistas saquearam os objetos de valor e alimentos, também atearam fogo na igreja e mandaram todos os cristãos presentes sair do local.
Todos os seis homens cristãos foram ordenados a seguir para o fundo da igreja. As mulheres ficaram sentadas no meio da fumaça e começaram a ouvir tiros atrás do templo. “Depois que os agressores foram embora, a esposa do pastor foi ver o que havia acontecido. Ela desmaiou quando viu que eles haviam matado todos os homens”, conta Salamata.
No mesmo dia, muitas pessoas fugiram da aldeia com medo de que os jihadistas voltassem e cumprissem a promessa de matar também as mulheres e crianças. Porém, a jovem cristã se manteve ao lado da viúva do pastor. Elas conseguiram pedir ajuda e cobrir os corpos dos seis cristãos mortos na igreja. (Essa história continua).
*Nome alterado por segurança.
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