Portas Abertas • 10 abr 2018
Pais de Leah permanecem com esperança de rever a filha
Quando visitamos a família de Leah Sharibu em Dapchi, no estado de Yobe, no sul da Nigéria, a casa estava cheia de pessoas de vários lugares e igrejas que tinham ido encorajá-los. Leah foi uma das 110 meninas sequestradas de uma escola de segundo grau em fevereiro. Ela era a única cristã entre as meninas que o grupo extremista Boko Haram sequestrou, e a única que eles não libertaram. O pai da menina, Natha Sharibu, disse à mídia local que ficou sabendo que ela não foi liberta por ser cristã e porque se recusou a se converter ao islamismo. A Portas Abertas visitou a família para encorajá-los e orar com eles.
A mãe de Leah, Rebeccah Sharibu, contou à mídia local que as amigas de Leah que estavam com ela no cativeiro descreveram como a libertação aconteceu. “Leah ia entrar no veículo que as traria de volta, mas então o Boko Haram disse que ela teria de se converter ao islamismo. As amigas tentaram convencê-la, mas ela disse que não se converteria. Então eles disseram que ela ficaria. Foi assim que a deixaram. Ela está sozinha”, lamenta-se a mãe.
Leah então pediu às suas amigas que orassem por ela e que dessem um recado à sua mãe, dizendo: “Mãe, não se preocupe. Eu sei que não é fácil, mas eu estou bem onde estou. O meu Deus, a quem oramos juntas, está se mostrando poderoso em meu momento de provação. Eu lembro de suas palavras em nosso tempo de devocional pela manhã, dizendo que Deus está perto dos que sofrem. Estou testemunhando isso agora. Tenho certeza de que um dia verei sua face novamente. Se não aqui, lá no seio de nosso Senhor Jesus”.
A mensagem recebida foi tão difícil para Rebeccah que ela desmaiou ao ouvi-la. Uma das meninas também contou como Leah havia fugido do cativeiro com outras duas colegas de sala, vagando por três dias. Quando já estavam exaustas e famintas, encontraram uma família de fulanis e pediram ajuda para votar a Dapchi. Mas eles as repreenderam e as levaram de volta ao Boko Haram.
Mas de alguma forma, essa situação está levando a família de Leah a um nível mais alto de confiança em Deus. O pai está maravilhado com a força espiritual da filha. “A confiança e a fé da minha filha diante da ameaça de morte nas mãos do Boko Haram, ao dizer que nunca vai negar a Cristo, me fez perceber que eu tinha uma forte seguidora de Jesus dentro de casa. Estou muito encorajado pela fé dela no Senhor. Eu só imagino o que eu faria se estivesse no lugar dela. O testemunho da minha filha me levou para mais perto de Jesus. Eu sou um pai orgulhoso e peço a ela que continue fiel a Deus. Se apegue a Cristo, Leah, você é uma heroína da fé”, incentiva o pai.
O pastor de Leah reuniu cristãos e muçulmanos para orar pela libertação dela. “Em toda a cidade de Dapchi temos organizado grupos de oração. Todas as igrejas de Dapchi estão orando”, disse o pastor Daniel Auta. “Eu sou muito grato a todas as igrejas e todos os nigerianos que têm nos apoiado em oração”, agradece o pai de Leah.
Pedidos de oração
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