Portas Abertas • 18 set 2019
Apesar dos desafios, os cristãos no Laos continuam a viver o evangelho, não importa o custo
Tou*, líder de igreja doméstica no norte do Laos, sempre recebeu frequentes ameaças e ataques. Seus vizinhos queimaram seu celeiro, destruíram seu trator e derrubaram o telhado de sua casa por causa da fé em Jesus. O Laos ocupa a 19ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, e o principal tipo de perseguição no país é a opressão comunista e pós-comunista.
O Laos é um dos países mais pobres do mundo. No país, optar por não participar de crenças animistas budistas ou tribais é visto como uma traição à família e à comunidade. O cristianismo é sinônimo de ameaça ao governo, que monitora de perto todas as atividades religiosas.
Por isso, as igrejas domésticas são forçadas a operar ilegalmente e em segredo, pois todas as reuniões devem receber a aprovação do governo. Em uma vila como a de Tou, liderar uma igreja doméstica é visto como um ato hostil contra a comunidade. E, por esse motivo, Tou atraiu a atenção dos anciãos da aldeia quando tentou organizar um enterro cristão para um parente de um dos membros de sua igreja.
Quando os anciãos souberam que uma cerimônia cristã havia sido planejada, eles avisaram Tou e sua família a não prosseguir. Mas Tou seguiu em frente como planejado. Foi então, que durante a cerimônia, outros moradores chegaram e começaram a agredir os cristãos, incluindo Tou, a esposa e filhos, dizendo: "O cristianismo não tem sentido e os cristãos são inúteis".
Embora Tou tenha relatado o ataque ao chefe da vila, seu caso foi ignorado. "Nunca tive paz na minha aldeia porque as autoridades locais e a comunidade me perseguem", disse o cristão. Apesar disso, Tou e família não estão cedendo à pressão. Eles continuam a viver o evangelho, compartilhando Jesus e seguindo-o, não importa o custo.
* Nome alterado por segurança.
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