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No Laos, autoridades comunistas monitoram duramente todas as atividades religiosas, até mesmo o registro de igrejas. Todas as reuniões devem ser informadas, forçando igrejas domésticas a operar secretamente. Cerca de 75% das igrejas evangélicas no Laos são autorizadas pelo governo, as demais não possuem estruturas permanentes e realizam cultos nas casas.
Cristãos de origem budista enfrentam pressão e violência por parte da família e das autoridades locais. Nas áreas rurais, famílias de até três gerações compartilham a mesma casa, intensificando a pressão. Autoridades locais e líderes religiosos podem influenciar a comunidade a ficar contra os convertidos, provocando sua expulsão das vilas.
Huang (pseudônimo), cristão deslocado no Laos
Cristãs de origem budista enfrentam ridicularização e isolamento no trabalho e são desprezadas por sua comunidade. Em casa, elas podem ser agredidas, deserdadas ou pressionadas a renunciar à fé. Meninas enfrentam discriminação e perseguição na escola, embora tenham menor probabilidade de serem agredidas fisicamente.
O casamento infantil é um risco e meninas são forçadas a casar com homens mais velhos. Se elas se convertem ao cristianismo, enfrentam perseguição do esposo e de parentes próximos. As casadas podem ser forçadas a se divorciar e perdem a custódia dos filhos. Caso sejam expulsas da comunidade, as cristãs são responsáveis por sustentar a família e encontrar abrigo.
Há relatos de líderes cristãs presas. Também existem preocupações sobre tráfico humano. Meninas de etnias minoritárias, incluindo hmong, são traficadas para a China para trabalho sexual ou forçadas a se casar em razão da pobreza.
Os líderes cristãos são alvos frequentes de ataques. Eles são hostilizados e correm o risco de serem presos. Após a morte de um pastor em Khammouane em 2022, líderes de igrejas passaram a viajar em dupla por segurança.
Pastores presos só conseguem a liberdade se pagarem multas altas. Esses valores e a ausência do líder cristão enfraquecem as congregações e espalham medo. Além de atingir diretamente as famílias, que têm esses homens como principais provedores. Meninos cristãos são ridicularizadas na escola e estão sujeitos a agressão física.
No trabalho, os cristãos são tratados injustamente e sofrem com pressão econômica. Eles podem ser excluídos do serviço militar pelo governo ou perder o emprego. No treinamento militar, homens são ensinados a jurar fidelidade ao Partido Comunista e ver o cristianismo como uma ameaça ocidental.
Parceiros locais da Portas Abertas fortalecem cristãos perseguidos no Laos por meio de distribuição de literatura cristã, treinamento de liderança e discipulado, programas de desenvolvimento socioeconômico, apoio para defesa legal e ajuda emergencial.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Laos são: opressão comunista e pós-comunista, opressão do clã, paranoia ditatorial, nacionalismo religioso.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Laos são: oficiais do governo, partidos políticos, líderes de grupos étnicos, parentes, líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas.
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