Posição no ranking:
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O período de pesquisa da Lista Mundial da Perseguição 2024 começou com um momento chocante para cristãos no Laos: a morte de um pastor em outubro de 2022. Por todo o país, a violência aumentou substancialmente este ano comparado ao ano anterior – um aumento significativo até mesmo para um lugar acostumado a ameaças físicas. Cristãos foram expulsos de suas comunidades, suas casas foram destruídas e eles suportaram muitas dificuldades por seguir a Jesus.
O aumento agudo na violência veio somar-se à pressão comum que o cristão laosiano enfrenta. A nível local, autoridades comunistas monitoram intensamente atividades religiosas em algumas partes do país. Nessas áreas, líderes de igrejas relatam casos de autoridades locais fecharem igrejas domésticas. Encontros cristãos devem ocorrer sem chamar atenção; tecnicamente, eles são ilegais. Mas mesmo entre igrejas registradas, as ameaças são reais. Elas são monitoradas, e estima-se que 75% de todas as igrejas evangélicas registradas no Laos devem cultuar em casas, o que as autoridades consideram ilegal, afinal, reuniões de adoração são permitidas apenas em prédios religiosos aprovados. Muitas igrejas domésticas não registradas se reúnem sob a autorização de uma igreja registrada nacionalmente.
Convertidos ao cristianismo carregam vulnerabilidades adicionais. Como eles são vistos como traidores de suas comunidades e como pessoas que iraram os espíritos, podem enfrentar pressão e violência da família e de autoridades locais. A família de um convertido pode ser vista como incômodo na comunidade local, que muitas vezes expulsa convertidos de suas casas e vilas.
Maixay (pseudônimo), cristão no Laos
Em algumas partes do Laos, mulheres que se convertem ao cristianismo enfrentam os mais altos níveis de vulnerabilidade. Em público, elas podem ser zombadas, isoladas no local de trabalho e muitas vezes são desprezadas. Meninas podem ser assediadas e discriminadas na escola. Em casa, mulheres cristãs podem ser agredidas, desonradas ou pressionadas a renunciarem à fé. Algumas mulheres cristãs casadas podem enfrentar divórcio quando se convertem ao cristianismo.
Quando o marido é preso ou detido por causa da fé, mulheres cristãs também podem sofrer consequências econômicas. Para libertar o marido, famílias devem pagar significativas somas de dinheiro, trazendo um impacto econômico devastador. Além disso, uma mulher que precisa prover para a família é expulsa da comunidade enquanto o marido está detido.
Alguns pastores no Norte do Laos relataram preocupação com o crescente aumento do tráfico humano de mulheres laosianas para a China. Meninas de minorias étnicas, incluindo cristãs do povo hmong, são levadas para a China, onde são forçadas a se prostituir ou a se casar.
No Laos, líderes de igrejas, cuja maioria são homens, tendem a ser o grupo mais visado de cristãos. Pastores podem ser atacados (junto com suas igrejas) e então presos. Quando esses homens são detidos ou presos, a família deles deve pagar uma multa alta, colocando a família e a comunidade da igreja sob intensa pressão econômica. Homens cristãos também enfrentam perseguição e discriminação no local de trabalho. Eles podem ser excluídos de cargos militares ou do governo e, em alguns casos, podem até mesmo perder o emprego.
Parceiros locais da Portas Abertas fortalecem cristãos perseguidos no Laos por meio de distribuição de literatura cristã, treinamento de liderança e discipulado, programas de desenvolvimento socioeconômico, apoio para defesa legal e ajuda emergencial.
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra os cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Laos são: opressão comunista e pós-comunista, opressão do clã, paranoia ditatorial, nacionalismo religioso.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores de hostilidades, violentos ou não violentos, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Laos são: oficiais do governo, partidos políticos, líderes de grupos étnicos, parentes, líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas.
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