Portas Abertas • 24 fev 2018
Mulheres são os alvos mais frágeis em ataques assim (Foto representativa por razões de segurança)
O Boko Haram invadiu uma escola secundária em Dapchi, no estado de Yobe, Nigéria, na noite da última segunda-feira, 19 de fevereiro. A rede de TV Al-Jazeera informou que o delegado da cidade, Abdumaliki Sunmonu, disse que havia 111 meninas desaparecidas. Ele disse que das 926 alunas da Escola Estadual para Meninas, apenas 815 estavam de volta até terça meio-dia. A cidade de Dapchi é predominantemente muçulmana.
O tio de uma das meninas desaparecidas, Abubakar Shehu, disse: “Nossas meninas estão desaparecidas há dois dias e nós não sabemos onde elas estão. Disseram que elas fugiram para alguns vilarejos, mas nós já fomos a todas as aldeias mencionadas e não as encontramos. Estamos começando a pensar que o pior tenha acontecido – outro episódio como o de Chibok”. Ele se refere ao sequestro de 275 meninas em uma escola na cidade de Chibok, realizado pelo Boko Haram em abril de 2014.
Na manhã de quinta-feira, a BBC informou que o governo do estado de Yobe anunciou que havia resgatado algumas meninas, mas não disse quantas. Pais contaram à agência de notícias Reuters que 73 meninas foram resgatadas, mas 13 ainda estavam desaparecidas, enquanto duas foram encontradas mortas.
Entende-se que os jihadistas chegaram na escola atirando e lançando explosivos. Fontes locais relatam que os terroristas estavam em carros do exército e disseram para as estudantes que estavam lá para protegê-las. De acordo com um colaborador local, a maioria das alunas cristãs conseguiram fugir a tempo de se salvar e somente uma menina cristã está entre as desaparecidas.
As meninas do Chibok representam apenas uma pequena fração do número de mulheres capturadas pelo Boko Haram no norte da Nigéria. Em seus oito anos de atuação, o grupo islâmico radical já ceifou cerca de 20 mil vidas. Também obrigou mais de 2 milhões de pessoas a fugir dos ataques violentos, deixando para trás a casa e a vida, vivendo hoje como deslocados ou refugiados.
Pedidos de oração
*Devido a fragilidade das informações, os números ainda não são precisos.
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