Portas Abertas • 20 jan 2020
Grupo extremista acusado de atacar soldados é ligado ao Estado Islâmico, que persegue cristãos
Desde maio de 2017, os cidadãos da ilha de Mindanau, Filipinas, viviam sob a lei marcial. A decisão foi tomada pelo presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, como resposta ao ataque de extremistas islâmicos na cidade de Marawi. Em meio a conflitos políticos e civisextremos de um país, os governantes podem instaurar a lei marcial. Assim, todas as legislações anteriores são substituídas por novas regras definidas pelas autoridades militares.
Mesmo sob forte vigilância militar, no dia 22 de dezembro de 2019, uma granada foi jogada em soldados que desembarcavam de um veículo na província de Cotabato, também na maior ilha filipina. Quando a primeira explosão ocorreu, alguns cristãos participavam de um evento em uma igreja próxima. As autoridades descartaram a motivação religiosa como justificativa para as ofensivas, já que o prédio cristão não foi atingido. Porém, suspeitam que os autores da investida foram integrantes do grupo radical Maute, ligado ao Estado Islâmico.
Apesar do incidente, o chefe do estado filipino encerrou a lei marcial que vigorava em Mindanau, no último dia de 2019. O período de domínio militar foi o mais longo no país, desde o regime de Ferdinand Marcos na década de 70. “Eles (oficiais de segurança) estão confiantes que vão manter a paz atual e a ordem em Mindanau e que um ataque similar em escala ao de Marawi não pode ser travado pelos remanescentes do Maute ou por outro grupo terrorista no futuro”, afirmou o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana. As Filipinas não estão entre os 50 países mais perigosos para os cristãos da Lista Mundial da Perseguição 2019. Porém, o crescimento do radicalismo islâmico no território já resultou em um ataque suicida, que matou 20 cristãos e feriu outros 100, no início de 2019.
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