Portas Abertas • 9 jan 2018
Os últimos dias do ano são alguns dos mais violentos para a Igreja Perseguida (Foto ilustrativa)
Hoje continuamos relatando sobre os ataques a cristãos ocorridos durante a passagem do ano na Nigéria. No sul de Kaduna, um governante tradicional (um líder que não tem poder político formal, mas tem o respeito do seu povo e considerável influência) e sua esposa grávida foram mortos a tiros por pastores de cabra fulanis por volta da meia noite, na virada do Ano Novo. Seu filho de 45 anos foi ferido durante o ataque e hospitalizado. Os agressores também incendiaram a casa e o carro que o líder tinha recebido recentemente como um presente.
De acordo com o jornal local This Day, outros ataques ocorreram, fazendo 10 vítimas fatais. Segundo o jornal, 4 pessoas foram mortas e 8 feridas no dia 22 de dezembro. Os agressores invadiram uma praça na aldeia de Nidem, onde cristãos faziam um coral natalino. Em outro ataque na véspera de Natal, seis pessoas foram mortas por fulanis.
Ainda em Kaduna, outro governante tradicional foi sequestrado em sua residência privada no dia 2 de janeiro. Um irmão da vítima reportou ao jornal local The Daily Trust que homens armados invadiram a casa de Yohanna Kukah por volta das 20h30, levaram aparelhos e dinheiro, e o levaram embora sem dizer ou exigir nada.
De acordo com a ONG de apoio a cristãos perseguidos na Nigéria, Stefanos Foundation, 2 pessoas foram mortas e 8 ficaram feridas em dois ataques na última semana do ano no estado de Adamawa, no nordeste do país. O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, condenou o que chamou de atos inaceitáveis. “Não se pode matar para agradar a Deus, e eu sei que nenhuma religião tolera tirar a vida de uma pessoa em nome de um movimento religioso”, declarou o presidente.
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