Portas Abertas • 25 jun 2021
Com os ataques de grupos extremistas, as mulheres e crianças em Moçambique passaram a enfrentar maior pressão
Hoje, 25 de junho, Moçambique celebra 46 anos de independência. Como resultado de uma onda anticolonial que se espalhou por toda a África, diversos movimentos políticos clandestinos foram criados em favor da independência de Moçambique, o que ocorreu de fato em 25 de junho de 1975.
O país ocupa o 45º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021, e é a segunda vez que compõe o Top50, desde que esteve presente na primeira edição, em 1993. Em Moçambique, na maioria mulheres e crianças enfrentam más condições de vida, exploração e falta de emprego e oportunidades de aprendizagem em países estrangeiros onde a chance de sobrevivência ainda é melhor do que em casa. O conflito armado tem sido um dos principais impulsionadores da crise dos refugiados na África Subsaariana, e desde 2019 e, apesar da COVID-19, o conflito nos países africanos só aumentou.
O Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) diz que continua preocupado com a segurança no Norte de Moçambique, à medida que o conflito armado e a insegurança na cidade costeira de Palma continuam após muitos ataques. Testemunhas disseram aos funcionários da ONU que mais de dois meses após o ataque em massa, a insegurança continua na região, fazendo com que as pessoas continuem fugindo diariamente em uma busca desesperada por segurança. Cerca de 70.000 pessoas fugiram de Palma desde 24 de março, diz a ONU.
Um relatório apontou que mulheres e crianças foram mais severamente afetadas. "Com meninas e famílias desocupadas enfrentando dificuldades financeiras, o risco de casamento precoce e gravidez na adolescência está se tornando uma preocupação crescente", disse Andrea M. Wojnar, chefe do Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Moçambique.
Aqueles que não conseguiram fugir sofrem consequências ainda mais drásticas. Centenas de meninos e meninas foram sequestrados por grupos jihadistas, segundo a Diocese de Pemba. Os meninos são recrutados à força para os grupos jihadistas, enquanto as meninas são "casadas" com os combatentes ou servem como escravas.
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