Portas Abertas • 24 out 2021
Os cristãos líbios precisam manter a fé em segredo e não podem frequentar as igrejas oficiais
Ontem completaram-se dez anos da Libertação da Líbia da liderança do coronel Muammar Kadafi. Desde a revolução de 1969, a população era governada pelo militar. Mas em fevereiro de 2011, os líbios iniciaram os protestos nas principais cidades do país que culminaram em uma guerra civil. Hoje, o território é governado por duas autoridades rivais e motivo de conflitos entre grupos armados. Cada facção cria suas próprias regras e, no ambiente fortemente islamizado, os cristãos são vulneráveis.
Durante a pandemia de COVID-19, os sobreviventes da guerra civil não têm casas, assistência médica e nem infraestrutura para lutar contra o coronavírus. Além disso, a população enfrenta o risco de ser atingida por munições não detonadas, como minas terrestres. Com a economia em crise, as pessoas não têm trabalho e os preços dos alimentos básicos aumentaram significativamente. No país onde a maior parte dos alimentos é importada, leite, vegetais e pães ficaram escassos.
Muitos africanos tentam passar pela Líbia para encontrar refúgio na Europa, mas a maioria é presa em um dos 24 centros de detenção do Departamento de Combate à Imigração Irregular (DCIM). Os dirigentes desses locais são grupos armados que agem como entendem com os prisioneiros. Por isso, é comum relatos de casos de violência, escravidão e abuso sexual contra os refugiados, principalmente os cristãos.
O país ocupa o 4º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021, e as poucas comunidades cristãs existentes são compostas por imigrantes subsaarianos, trabalhadores norte-americanos, europeus e indianos. A pequena parte líbia que é cristã precisa manter a fé em segredo e está proibida de participar de cultos em igrejas oficiais. Porém, a tecnologia tem sido aliada na propagação do evangelho no país, já que muitos têm acesso a programas de TV via satélite e a sites cristãos em árabe. A Portas Abertas convida a igreja brasileira a interceder pela Líbia. Confira 5 motivos para orar pelo país.
© 2024 Todos os direitos reservados