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Líbia

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Líbia
  • Tipo de Perseguição: Opressão islâmica, corrupção e crime organizado, opressão do clã
  • Capital: Trípoli
  • Região: Norte da África
  • Líder: Abdul Hamid Mohammed Dbeibah
  • Governo: Em transição
  • Religião: Islamismo, cristianismo, budismo, hinduísmo, judaísmo e outras
  • Idioma: Árabe, italiano, inglês e bérbere
  • Pontuação: 88


POPULAÇÃO
7 MILHÕES


POPULAÇÃO CRISTÃ
35,4 MIL

DOAR AGORA

R$

Como é a perseguição na Líbia? 

A Líbia é efetivamente uma terra sem lei onde tanto cristãos nativos quanto aqueles que estão de passagem vindos de outros países enfrentam violência extrema. Sem nenhum governo central para manter a lei e a ordem, grupos militantes extremistas islâmicos e grupos do crime organizado exercem o poder. Eles fazem cristãos de alvo e os sequestram, alguns chegam a ser mortos. 

Se um líbio de origem muçulmana se tornar cristão, provavelmente enfrentará pressão e abuso da família e da comunidade para fazê-lo renunciar à fé, ou será morto. Cristãos que publicamente expressam a fé e tentam compartilhar o evangelho com outros provavelmente enfrentarão prisão ou retaliação de grupos extremistas. 

Um grande número de refugiados da África Subsaariana passa pela Líbia em uma tentativa de chegar à Europa. Muitos deles são cristãos, e seu tempo lá é altamente perigoso. Eles enfrentam assédio e ameaças de grupos extremistas islâmicos e podem ser sequestrados e usados para trabalho escravo por grupos do crime organizado. Alguns são colocados diretamente nas mãos de gangues do tráfico humano. 

“A partida dele é muito dolorosa para todos nós, mas a única coisa que nos conforta é que ele não renunciou à fé e a manteve até o último suspiro. Ele foi martirizado em nome de Jesus Cristo. Nós todos estamos orgulhosos dele e muito felizes. Ele foi para um lugar melhor no céu desfrutar da presença do Senhor Jesus Cristo.” 

Tio de Romany, que foi morto na Líbia por amor a Jesus 

O que mudou este ano? 

Houve uma pequena diminuição na pontuação de perseguição da Líbia, de acordo com a pesquisa da Lista Mundial da Perseguição, causada principalmente por uma queda na violência relatada, embora a pontuação de violência continue muito alta. A pressão em todas as esferas da vida permanece no nível extremo. Embora o país esteja estabilizado até certo ponto e tenha menos conflito que no ano anterior, a vulnerabilidade geral dos cristãos no país permanece extremamente alta. 

Quem persegue os cristãos na Líbia? 

O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Líbia são: opressão islâmica, corrupção e crime organizado, opressão do clã. 

Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Líbia são: líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, parentes, grupos paramilitares, cidadãos e quadrilhas, oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, partidos políticos, redes criminosas. 

Quem é mais vulnerável à perseguição na Líbia? 

Cristãos migrantes na Líbia são muito vulneráveis a maus-tratos, sequestros e escravidão. Cristãos de origem muçulmana são os que mais estão em risco de serem alvos de grupos extremistas islâmicos, principalmente em áreas onde eles são mais ativos, como na capital. 

Como as mulheres são perseguidas na Líbia? 

É extremamente difícil para mulheres na Líbia acessarem materiais religiosos cristãos ou se encontrarem com outros cristãos, já que elas têm pouca liberdade fora da família, ainda mais se são suspeitas de estarem interessadas no cristianismo. Se elas professam a fé cristã, podem enfrentar prisão domiciliar, abuso sexual, casamento forçado ou até mesmo a chamada “morte de honra”. Mulheres não têm permissão legal para serem chefes de família, então não há chance para elas escaparem e viverem sozinhas. 

Há uma falta de aplicação eficaz da lei na Líbia e pouca legislação contra violência doméstica ou assédio sexual, então mulheres cristãs que enfrentam abuso por sua fé provavelmente não receberão ajuda ou justiça. 

Como os homens são perseguidos na Líbia? 

Há pouca esperança de justiça para homens cristãos na Líbia expostos a violência física, abuso ou perda de emprego. Ser expulso da casa da família, excluído ou até mesmo morto são perigos reais para cristãos em famílias muçulmanas. O risco de ser abertamente cristão é tão alto que é quase impossível encontrar grupos para comunhão a menos que toda a família se converta de uma vez. 

Jovens cristãos que migram sozinhos para a Líbia são muito vulneráveis a serem sequestrados por grupos de crime organizado e colocados para trabalhar como escravos em fazendas. Outros são sequestrados e mantidos em cativeiro para resgate. Aqueles que ficam em centros de detenção de migrantes não estão a salvo — cada vez mais eles estão cercados por milícias locais e forçados a lutar com elas sob pena de morte. 

O que a Portas Abertas faz para ajudar os cristãos na Líbia? 

A Portas Abertas trabalha com parceiros e igrejas no Norte da África para prover treinamento de liderança, discipulado, recursos para meios de subsistência, Bíblias e cuidado pastoral. 

Como posso ajudar os cristãos perseguidos na Líbia? 

Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos. Doando para esta campanha, sua ajuda vai para locais onde a perseguição é extrema e a necessidade é mais urgente.  

QUERO AJUDAR 

Pedidos de oração da Líbia 

  • Ore pela estabilidade da nação, para que a lei e a ordem cheguem rapidamente à Líbia.
  • Peça a Deus que quebre o poder dos grupos de crime organizado que exploram pessoas vulneráveis.
  • Apresente os cristãos em oração, para que possam se comunicar em segurança uns com os outros e sejam encorajados.


Um clamor pela Líbia
 

Pai, nós lamentamos pela situação sem lei da Líbia. Nós oramos contra o mal do tráfico humano e os grupos de crime organizado que se beneficiam da miséria humana. Quebre o poder deles e restabeleça a lei, a ordem e a justiça na Líbia. Graças ao Senhor, não é ilegal se tornar cristão na Líbia — nós oramos por um governo futuro justo e forte que reforçará a lei. Dê a nossos irmãos e irmãs por toda a Líbia grande conforto e esperança no Senhor e formas seguras de se comunicar e encorajar uns aos outros. Amém.  

O Norte da África, do qual a Líbia faz parte, é habitado desde a Idade Antiga. Antes de se tornar independente em 1951, a Líbia foi governada pelos romanos, por dinastias islâmicas pré-otomanas, por otomanos e italianos. O país tem fronteiras com Egito, Sudão, Níger, Chade, Tunísia e Argélia e é cercado pelo Mar Mediterrâneo ao Norte.  

Entre 1943 e 1951, a Líbia esteve sob domínio do Reino Unido. A descoberta de jazidas de petróleo no país, em 1950, foi um marco histórico. Os rendimentos gerados pela venda do ouro negro foram usados para investir na agricultura e manufatura líbias, além de prover educação e saúde acessíveis para a população, antes limitada na aridez do deserto. O interesse econômico também trouxe estrangeiros de várias regiões para trabalhar na Líbia. 

Alguns anos depois, um jovem oficial do exército chamado Muanmar Kadafi teve êxito em dar um golpe, instalando um governo que combinava socialismo e islamismo. Ele se tornou o homem forte da Líbia em 1969 e manteve o poder concentrado em suas mãos e na de seus aliados e familiares até 2011.  

Por volta de 1970, Kadafi começou interações com países vizinhos, trocando petróleo por aliados ideológicos. No mesmo período, o governo líbio se envolveu com ações terroristas. Por isso, o país foi isolado de 1992 até 2003, quando interrompeu a agenda armamentista. A inquietação com o governo autoritário de Kadafi aumentou e, em 2011, o país viveu uma guerra civil sangrenta que durou oito meses e resultou no assassinato de Kadafi. Ao menos 30 mil líbios morreram no conflito, segundo o Conselho Nacional de Transição (NTC) da Líbia. 

O regime de Kadafi foi derrubado sem um projeto claro para substituí-lo. O NTC assumiu o governo em fevereiro de 2011 e, em julho de 2012, os líbios votaram nas primeiras eleições parlamentares desde o fim do governo de Kadafi. A nova Assembleia teve a tarefa de redigir uma nova Constituição da Líbia para ser aprovada em um referendo geral. O documento estabeleceu o islã como religião oficial do Estado e a lei islâmica como principal fonte da legislação. 

Embora esses desenvolvimentos tenham sido considerados avanços democráticos notáveis, devido à escalada de conflitos entre as várias forças que combateram Kadafi, o país permaneceu em guerra civil. Em termos gerais, a guerra propiciou uma coalizão de grupos tribais e nacionalistas armados, com sede no Leste do país, contra grupos militantes radicais islâmicos e uma mistura de militantes tribais e regionais baseados na parte ocidental do país. 

Os lados da guerra civil na Líbia 

De um lado da guerra civil, há as forças do Leste que lançaram uma campanha militar chamada Operação Dignidade, liderada pelo general Khalifa Haftar. Embora a Câmara dos Deputados tenha desfrutado do reconhecimento da ONU e da maior parte da comunidade internacional desde 2014, ela foi expulsa da capital por facções rivais e forçada a se refugiar no Leste da Líbia, na cidade de Tobruque. A Operação Dignidade recebe substancial apoio material e diplomático do Egito, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, que consideram todas as forças do islamismo militante em ascensão na Líbia como uma ameaça à estabilidade da região. 

Do outro lado da guerra civil, está em cena, desde 2016, o chamado Governo de Acordo Nacional (GNA). No início de 2016, a ONU facilitou um processo de negociação que levou à formação desse novo governo de unidade. Ele levou alguns meses até chegar a Trípoli e assumir o controle da capital. O GNA ainda não conseguiu garantir a aprovação do parlamento que se baseia em Tobruque, mas teve sucesso considerável em sua campanha militar contra o Estado Islâmico. Forças leais ao GNA retomaram a cidade de Sirte em 2016, que tinha sido a fortaleza dos militantes do Estado Islâmico na Líbia. O GNA tem o apoio formal da ONU. 

Um terceiro grupo é formado por uma coalizão de forças composta em grande parte por islâmicos radicais, com vários níveis de extremismo, que opera sob o nome de Amanhecer Líbio. Muitos desses integrantes saíram do processo de transição democrática legal devido à frustração com seu fraco desempenho nas eleições parlamentares de junho de 2014. Eles criaram o próprio parlamento e governo rival em Trípoli. As forças do Amanhecer Líbio desfrutam do apoio do Catar e da Turquia. Integrantes dessa coalizão juraram fidelidade ao Estado Islâmico e foram responsáveis pela decapitação de cristãos estrangeiros. 

Em novembro de 2017, as Nações Unidas promoveram um projeto de reconciliação nacional para amenizar os conflitos. A iniciativa recebeu apoio da comunidade internacional e conseguiu unir autoridades importantes em uma Conferência Nacional em 2019. O sucesso foi breve, pois o Exército Nacional Líbio (LNA, da sigla em inglês), sob o comando do general Khalifa Haftar, realizou um ataque contra a capital, Trípoli, e contra todos os representantes internacionais que estavam no país.  

A ofensiva durou até junho de 2020, quando um acordo de cessar-fogo foi assinado. Porém, na prática, o acordo não foi suficiente para cessar a atividade de milícias, forças armadas estrangeiras e extremistas na Líbia. O futuro político da Líbia permanece incerto. Desde a onda de revoltas em 2011, conhecida como Primavera Árabe, o país tem dificuldade em sustentar um governo centralizado e democrático e, entre os conflitos pelo poder, a corrupção também aumentou, tornando-se mais um empecilho para a estabilidade líbia. 

A Líbia é um dos maiores países da África com uma pequena população, tornando-o um dos países menos populosos da Terra. A vasta área do país faz parte do inabitável deserto do Saara, com a maioria da população vivendo na parte costeira do Norte do país, que é a parte fértil. A maioria dos líbios (97%) é de ascendência árabe ou bérbere. Mais de 40% da população é jovem, já os imigrantes representam 12% da população total. Muitos migrantes tentam sair do país para a Europa, por causa da proximidade geográfica, mas são enviados de volta à Líbia após serem interceptados no mar. Eles sofrem grande discriminação e racismo pelos nativos. 

O país tem clima árido e enfrenta secas periódicas, além das grandes oscilações de temperatura no interior do país, dominado pelo deserto. Um dos fenômenos que chama a atenção na Líbia é o vento desértico, conhecido como ghibli. Ele carrega grandes porções de areia e é responsável por tornar o céu do deserto vermelho nas fotos do Saara. 

A sociedade da Líbia é conservadora e tribal. A lealdade primária reside na família, no clã e na tribo. Mais de 30 desses grupos tribais lutam para encontrar um novo equilíbrio de poder. A guerra civil aumentou a hostilidade entre eles. Além dos inúmeros feridos, o número de deslocados internos e refugiados também é significativo.  

A taxa de alfabetização na Líbia atingiu 89,9%, sendo o analfabetismo principalmente problemático entre mulheres idosas. Antes da guerra civil, os serviços sociais eram subsidiados pelo Estado, enquanto a educação era obrigatória e gratuita sob o domínio de Kadafi; mas isso acabou. 

De acordo com estimativas de 2021 do World Christian Database, 98,9% dos líbios são muçulmanos, virtualmente todos pertencendo ao islamismo sunita. A etnia minoritária bérbere (amazigh) conta com alguns muçulmanos ibadi e há pequenas comunidades cristãs entre os migrantes egípcios e da África Subsaariana. Quase todos os não muçulmanos são estrangeiros, enquanto o número de cristãos líbios de origem muçulmana continua muito baixo. 

Conflito militar e domínio do islã 

A conversão do islamismo para o cristianismo não é apenas vista como traição ao islamismo, mas também à família e à tribo. O domínio do islã recebe explícito reconhecimento constitucional, enquanto as antigas raízes do cristianismo na Líbia foram quase completamente apagadas. 

A sharia (conjunto de leis islâmicas) é aplicada em todo o país. O conflito militar na Líbia ajudou a influência do pensamento islâmico radical a crescer. Grupos militantes islâmicos ganharam território na anarquia criada pela guerra civil e várias áreas agora são o lar de muçulmanos radicais, com muitos simpatizantes do Estado Islâmico e da Al-Qaeda. O estado contínuo de anarquia tem contribuído para a vulnerabilidade geral dos cristãos no país. Em outras áreas, grupos tribais locais reforçam a própria versão da sharia. Portanto, níveis de radicalismo islâmico diferem de região para região, com alguns grupos mais estritos ou mais violentos do que outros. 

Devido à crise política em curso, a pobreza aumentou. No entanto, a divisão política e econômica do país tem raízes complexas e influências internacionais concorrentes.  

A economia da Líbia é fortemente dependente da exportação de petróleo, e a guerra civil em curso causou destruição generalizada e o rompimento das exportações. No entanto, a exportação de petróleo vem se recuperando desde 2017. Grandes quantidades de dinheiro são gastas em armamentos pelos vários lados do conflito e a violência causou destruição. Apesar de contar com fatores como população relativamente baixa e as maiores reservas de petróleo no continente africano, que podem criar um país rico, levará muitos anos para reconstruir a economia da Líbia.  

Os líbios também foram afetados pela pandemia de COVID-19. O problema foi agravado por um setor de saúde incapacitado. Mais de uma em cada três unidades de saúde em Benghazi e uma em cada seis em Trípoli foram danificadas ou destruídas e quase 20% foram fechadas por causa da guerra civil. Os centros de saúde que restaram enfrentam falta de medicamentos e suprimentos, bem como perda de profissionais de saúde, muitos dos quais eram do exterior e fugiram em meio à violência. 

Parte da história cristã conhecida como patrística aconteceu em território líbio. O primeiro bispo de que se tem registro na região foi Ammonas de Berenice (260 d.C.). Outros quatro bispos dessa região participaram do Conselho de Niceia (325 d.C.), um dos primeiros momentos da história em que cristãos se reuniram para discutir a fé cristã. Nesse Conselho, Cirenaica se tornou uma província da Igreja Copta de Alexandria, no Egito.  

O cristianismo foi duramente debatido em Cirenaica; os bérberes do Saara (imazighen) não estavam interessados. O declínio do Império Romano causou grandes mudanças na ordem política e social que influenciavam o Norte da África, deixando espaço para que grupos como o Império Bizantino "ressuscitassem” no século 6. As cidades de Cirenaica se tornaram como campos armados para evitar ataques dos imazighen. 

No começo do século 7, o controle bizantino enfraqueceu na Líbia. Rebeliões bérberes se tornaram mais frequentes e havia poucos para se opor à visão dos árabes muçulmanos de 681 a 683 d.C. Em Cirenaica, cristãos coptas que eram tratados como hereges pelos exércitos bizantinos receberam os árabes como libertadores da opressão bizantina. Quando o processo de islamização começou, muitos cristãos emigraram para a segurança da Itália ou do Egito. As tribos amazigh gradualmente aceitaram o islã. 

Idade Média e primórdios do século 20 

Na Idade Média e início do século 20, cristãos, predominantemente italianos, voltaram a interagir com a Líbia e assim, a presença cristã voltou a crescer no país. Depois, com a presença do Reino Unido, em 1943, e de diversos imigrantes interessados no petróleo, o número de cristãos continuou aumentando. Nesse período, a igreja cristã podia cultuar livremente.  

Em 1970, Muanmar Kadafi deu um golpe de Estado e conduziu o país em uma direção extremista. Muitas igrejas foram forçadas a fechar. Antes de a guerra civil começar, em 2011, havia cerca de 800 mil católicos romanos, majoritariamente italianos e líbios malteses. Eles só tinham permissão para usar uma igreja em Trípoli (datada de 1645) e uma em Benghazi (datada de 1858).  

Antes de 2011, cerca de 60 mil coptas ortodoxos egípcios trabalhavam na Líbia, servidos por três igrejas: em Trípoli, Benghazi e Misrata. Além disso, milhares de estrangeiros protestantes, principalmente da África, conduziam cultos mais ou menos formais em igrejas. Devido à revolução, a situação de segurança se deteriorou muito. Quando o Estado Islâmico decapitou 21 cristãos coptas perto de Sirte, em 2015, um grande número de cristãos fugiu do país. A Igreja Ortodoxa Copta canonizou as 21 vítimas coptas, declarou 15 de fevereiro um dia de festa oficial e erigiu um memorial e um museu em homenagem às vítimas no Egito. 

Apesar dos riscos de perseguição, os imigrantes cristãos da África Subsaariana continuam indo para a Líbia na esperança de chegar à Europa. A Global Initiative Against Transnational Organized Crime escreveu em um relatório de fevereiro de 2020: “Os migrantes cristãos enfrentaram maiores níveis de risco no Norte da África, particularmente na Líbia. Migrantes que viajam ao longo das rotas para a Líbia e Argélia também relataram que os migrantes muçulmanos recebem melhor tratamento de contrabandistas muçulmanos e têm uma chance melhor de garantir emprego nos países muçulmanos”. 

A Constituição afirma que não há discriminação baseada em religião entre os líbios e prevê que não muçulmanos têm liberdade para praticar seus ritos religiosos, embora na prática o quadro legal não contenha nenhuma proteção específica à liberdade religiosa. Todos os líbios são considerados muçulmanos, sem margem para mudar de religião. Assuntos de status pessoal são determinados de acordo com a lei islâmica. O Código Penal prescreve punições severas por ataques ou insultos contra a religião muçulmana. 

Sobre nós

A Portas Abertas é uma organização cristã internacional e interdenominacional, fundada pelo Irmão André, em 1955. Hoje, atua em mais de 60 países apoiando cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus.

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