A polícia detém oitenta cristãos iranianos

Portas Abertas • 13 set 2004


No dia 9 de setembro, a polícia iraniana invadiu o congresso geral anual das Igrejas Assembléias de Deus do Irã aprisionando, pelo menos, oitenta líderes cristãos reunidos no centro denominacional da igreja em Karaj, a 32 km a oeste de Teerã.
 
Sem notificação prévia, um grande número de policiais cercaram o jardim da igreja pela manhã, invadindo o local e prendendo todos os homens e mulheres presentes no primeiro dia do encontro anual. "A polícia irrompeu de todos os lugares", contou um iraniano cristão, "e havia muitos policiais no local".
 
"Todas as pessoas presentes foram detidas e levadas com os olhos vendados para serem interrogadas", confirmou hoje uma fonte à Compass. Os cristãos detidos foram conduzidos durante várias horas, com olhos vendados, a fim de não poderem saber para onde estavam sendo levados.
 
Segundo informações obtidas, cada indivíduo foi interrogado separadamente por oficiais de segurança que tinham uma lista específica de perguntas. O interrogatório revelou que as autoridades possuíam informações muito precisas sobre cada pessoa, incluindo suas atividades, parentes e outros dados pessoais.
 
À noite, as autoridades libertaram todos os cristãos detidos, exceto dez pastores que estavam entre eles. O local onde estes dez pastores estão presos é desconhecido e seus familiares não têm permissão de ter qualquer contato com eles.
 
Seis ministros ordenados foram mencionados entre os prisioneiros, identificados por seus nomes fictícios de Vartan, Soren, Harmik, George, Omid e Farhad. Outros dois homens servindo como pastores e dois presbíteros foram identificados como Neshan, Hamid, Henry e Robert.
 
Os pastores trabalham nas congregações localizadas em Teerã, Urumiyeh, Rasht, Ahwaz, Boshahr e Karaj.
 
Todos os cristãos libertos na noite passada foram proibidos de ir aos cultos no dia da semana de descanso no Irã, quando todas as igrejas se encontram para adoração. "De qualquer maneira, todos os seus pastores estão presos, por isso, não haverá ninguém para pregar quando as congregações estiveram unidas para prestar culto", observou a fonte.
 
"Esta é a maior crise para os cristãos no país desde que os três pastores protestantes foram mortos há dez anos", informou uma outra fonte à Compass.
 
Como única teocracia mundial, o Irã severamente baniu as atividades dos seus cidadãos cristãos, fechando suas igrejas e prendendo convertidos ao cristianismo. Sob lei islâmica, os apóstatas do islamismo são sujeitos à pena de morte.

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