Disputas na Nigéria: cinqüenta mil mortos

Portas Abertas • 12 out 2004


Mais de cinqüenta mil pessoas foram mortas em disputas públicas em um estado nigeriano em menos de três anos, diz um novo estudo do governo.

A violência tem, na maioria das vezes, colocado fazendeiros cristãos contra muçulmanos no estado de Plateau.

Esse número é, de longe, muito maior que as estimativas prévias do número de mortos.

Estimava-se que mais ou menos 10.000 pessoas foram mortas em disputas entre etnias rivais e grupos religiosos em toda a Nigéria desde 1999.
Facões ou balas

O novo estudo, realizado por oficiais do governo que atravessaram o estado falando com as famílias das vítimas, diz que 53.787 foram mortos entre 7 de setembro de 2001 e 18 de maio de 2004.

Desses, 17.459 eram crianças, 17.397 era mulheres e 18.931 eram homens.
O governador do estado foi suspenso, em maio, por sua inabilidade de deter a violência e o administrador militar Chris Alli assumiu.

Eles foram mortos como resultado das hostilidades, alguns por facões ou por balas, outros por outras coisas", disse o porta-voz de Chris, Ezekiel Dalyop.

O comitê visitou os governantes locais e encontrou-se com os oficiais. Aqueles que perderam seus parentes providenciaram as estatísticas.
Qualquer família tem números e os forneceram ao comitê. Nós só fizemos o sumário", ele disse à agência de notícias da AFP.

Um dos envolvidos no estudo disse a Notícias On-line da BBC que esses números eram mais confiáveis que os anteriores porque o comitê saiu ao encontro daqueles que foram deslocados nas lutas.

Thomas Kangnaan disse que nenhuma recompensa foi prometida e então não havia motivos para exagerarem.

As autoridades nigerianas são sempre cautelosas em dizer quantas pessoas foram mortas nas disputas públicas por temerem inflamar futuramente a situação.

Genocídio
Centenas de muçulmanos foram mortos por uma milícia cristã na cidade de Yelwa, em maio.

Isso gerou ataques de vingança contra a minoria cristã da principal cidade muçulmana de Kano e tensões surgiam em toda a Nigéria, antes da intervenção do presidente Olusegun Obasanjo de suspender a administração de Plateau.

Ele disse que tomava tal atitude para prevenir o genocídio.
A população de 130 milhões da Nigéria está rudemente dividida entre muçulmanos ao norte e cristãos ao sul.

Correspondentes dizem que a pobreza leva grupos rivais a competirem por recursos escassos, como a terra.

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