Pastor iraniano é transferido para uma prisão militar

Portas Abertas • 21 nov 2004


Autoridades iranianas transferiram o cristão Hamid Pourmand para uma prisão militar na segunda semana de novembro, aumentando ainda mais o temor em toda a comunidade evangélica pela segurança do pastor preso há nove meses.

Fontes locais confirmaram que Pourmand foi informado no final de outubro que ele seria liberto em poucos dias. Mas ele continua detido em um local desconhecido até poucos dias, quando então foi transferido para essa prisão militar.

Nenhuma das acusações conhecidas foram levantadas contra ele, ex-muçulmano que se converteu ao cristianismo há 25 anos. Casado e com dois filhos, ele é um coronel do exército nacional.

Embora Pourmand tendo a permissão de um telefonema bem curto para sua esposa três semanas depois de sua prisão, a segurança tem recusado desde então a sua permissão a qualquer tipo de contato com sua família ou amigos.

"Ele tem sido pressionado psicologicamente", disse um iraniano cristão ao CompassDirect, "mas ainda não sabemos por certo se ele tem passado por agressões físicas também". A fonte disse que a família dele continua preocupada depois de mais de dois meses de detenção sem comunicação alguma.

Pourmand, de 47 anos, está encarcerado desde o dia 09 de setembro, quando foi preso com outros 85 pastores e líderes da Igreja Assembléia de Deus, durante uma conferência geral que ocorre anualmente em Karaj, perto da capital Teran. A maioria dos detentos foi libertada ao final do dia, embora Pourmand e outros nove pastores ficaram detidos por quatro dias de interrogatório antes dos outros serem libertos.

Pourmand estava servindo como pastor de uma congregação em Bandar-i Bushehr, cidade portuária do Golfo Pérsico, sul do país.

Durante a ausência de sua família nos dias que seguiram sua prisão, a casa de Pourmand foi invadida para uma operação pente fino, tendo todos os papéis e fotografias da família removidas.

Nos meses recentes, oficiais do governo têm denunciado por inúmeras vezes "religiões estrangeiras", que eles acusam de ameaça à segurança nacional.

Em abril, um xiita no Ministério da Educação declarou publicamente que uma média de cinqüenta jovens iranianos ficou conhecida por se "converterem secretamente a denominações cristãs" todos os dias.

Dezenas de evangélicos foram presos em um regime de linha dura contra igrejas nas províncias do norte em maio desse ano, incluindo um pastor detido com sua esposa e filhos. Depois de várias semanas de maus tratos e interrogatórios, todos acabaram sendo liberados depois de serem obrigados a pararem de evangelizar e se reunirem para adoração. Eles continuam sob estreita vigilância policial.

Nas cortes islâmicas do país, um muçulmano acusado de apostasia fica sujeito a pena de morte. Desde a revolução islâmica de 1976, vários ex-muçulmanos que passaram a serem cristãos, foram assassinados ou executados de maneira escondida e por ordem da justiça, debaixo da desaprovação da comunidade internacional.

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