Portas Abertas • 4 abr 2005
Os filhos de pais evangélicos que não são aceitos nas escolas públicas de Chiapas são mais de 200. Em várias comunidades se tem feito acordos para que filhos de evangélicos sejam aceitos juntos com os filhos de católicos. Porém, para os que não concordam com tais acordos seus filhos são impedidos de estudarem.
Foi criada uma escola que acaba de ser inaugurada chamada de "Maya" para que essas crianças possam estudar. Abrigará cerca de 40 crianças, filhos de pais que confessam a fé em Jesus Cristo (evangélicos). Em breve será construída uma escola similar em outra comunidade, "Pila", que também fica no município de San Juan Chamula.
Em Chiapas toda vez que um filho de evangélico quer estudar em uma escola pública de qualquer comunidade é impedido por católicos tradicionalistas.
O pastor Esdras Alonso González de igreja "Assas de Águia" (Alas de Águila), promoveu a criação da primeira escola para evangélicos em 1999, na cidade de San Cristóbal de Lãs Casas e, posteriormente em 2003 apoio o retorno dos expulsos da comunidade de Arvenza.
O pastor Esdras reconhece que a construção de escolas para evangélicos não é a solução para o problema, porque a "rejeição" persiste. Porém servirá para que as crianças venham a receber as instruções "primarias".
Assim as crianças evangélicas que tiverem aulas na nova escola" Maya" serão as mesmas que estudaram nas instalações da igreja "Assas de Águia" em San Cristóbal de Lãs Casa.
O professor da nova escola é o encarregado pelos Serviços Educacionais para Chiapas se chama Juan Méndez Peréz. Ele atenderá as mais de 40 crianças de diferentes graus do primário.
História de uma perseguição
O problema de intolerância religiosa se registra desde a década dos anos 70. Estudiosos do efeito surpreendente causado pelo evangelho asseguram que desde então se tem registrado a expulsão de mais ou menos 30mil indígenas dos Altos de Chiapas.
A princípio foram expulsos os que abandonavam a religião católica tradicional, mas ao longo do tempo se fez o mesmo com os que deixavam o Partido Revolucionário Institucional (PRI) e, se filiavam ao Partido Revolucionário Democrático (PRD).
Depois da revolta do Exército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN), muitos dos evangélicos expulsos decidiram retornar para suas comunidades de origem, desde então os católicos tradicionalistas resolveram impedir o acesso dos filhos de evangélicos as escolas públicas.
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